Bolsonaro disse a interlocutores, segundo apurou a mídia conservadora, em meio a palavrões e gestos obscenos, que o forte esquema de segurança montado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e pelo governo do Distrito Federal, tem por objetivo impedir o desfile em carro aberto.
Por Redação – de Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve um ataque de raiva, na noite passada, ao saber do forte esquema de segurança montado para evitar tumultos no seu possível retorno ao Brasil, previsto para o início da manhã desta quinta-feira. Cerca de 500 policiais militares e federais foram destacados para atuar na repressão a possíveis tumultos por parte dos seguidores, entre eles alguns participantes dos atos terroristas que marcaram o golpe fracassado, em 8 de Janeiro. O acesso à Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes, além das imediações do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, permanecerão fechados ao longo do dia.
Bolsonaro disse a interlocutores, segundo apurou a mídia conservadora, em meio a palavrões e gestos obscenos, que o forte esquema de segurança montado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e pelo governo do Distrito Federal, tem por objetivo impedir o desfile em carro aberto durante o deslocamento do terminal até a sua residência, no Lago Sul, área nobre da cidade.
Integrantes do comitê de boas-vindas confirmaram, nesta manhã, que o ex-mandatário será recepcionado por um grupo formado pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por líderes do PL no Congresso e o secretário nacional de relações institucionais da sigla, Walter Braga Netto. Ainda não havia uma orientação para as bancadas dos parlamentares da legenda sobre como devem agir.
Controle
O PL disponibilizou um espaço na sede da legenda que poderá ser usado por Bolsonaro para cumprimentar os integrantes das bancadas na Câmara e no Senado. Não há confirmação se o ex-presidente irá, de fato, ao local.
Deputados bolsonaristas, entre eles José Medeiros (MT), queriam organizar caravanas para a vinda de apoiadores do ex-presidente de diversas partes do país, mas desistiram por medo de os atos saírem de controle ou de sofrerem represálias do STF após a baderna promovida no 8 de Janeiro.
Esse grupo acredita que ainda poderão ser organizadas motociatas ou carreatas menores para acompanhar Bolsonaro. À noite, o ex-presidente tem agenda promovida pela presidente do PL no Distrito Federal, a deputada Bia Kicis, que tomará posse formalmente na função.