Secretário geral da Presidência defende Lula e ataca governo de FHC

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Publicado quinta-feira, 2 de dezembro de 2004 as 21:18, por: CdB

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, afirmou hoje que a cobrança de vários setores da sociedade por “resultados” é legítima, pois eles são importantes, mas “toda política deve ser avaliada pelos seus objetivos e seus resultados. É por isso que a política do presidente Lula é muito diferente da política do governo anterior, que conduziu o país à recessão, ao desemprego, à vulnerabilidade interna e externa”.

Durante a Conferência Internacional “Democracia: participação cidadão e federalismo”, organizada pelo Programa Nacional de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), o ministro disse que, em menos de dois anos de governo, o presidente Lula “superou a crise econômico-financeira herdada, recuperou a estabilidade, criou condições para que o país voltasse a crescer de modo sustentado e já viabilizou um crescimento econômico que neste ano será superior a 5% do PIB”. Na opinião do ministro, “só isso já representa uma tremenda diferença” em relação ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O ministro também criticou a postura de ex-governantes na política externa brasileira. Segundo Dulci, o presidente Lula trata as negociações com todos os países de forma igualitária, sem separá-los em grupos estratégicos. “Ao contrário de governos anteriores, a política externa do presidente Lula parte do princípio de que não há papéis pré-determinados para países de primeiro, segundo ou terceiro nível. A economia conta, deve ser levada em consideração, mas a criatividade política em função de uma determinada visão de mundo conta muito também. Daí nasceu o G-3, o G-20. Se a lógica fosse estritamente econômica, esses processos não teriam sequer sido instalados”, ressaltou.

Em mais uma referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Dulci apresentou números da agricultura familiar que apontam o incremento dos recursos liberados para o setor. “O máximo que o governo do ex-presidente Fernando Henrique destinou de crédito, de financiamento, à agricultura familiar, foram R$ 2,3 bilhões. Na primeira safra do governo Lula, com base em uma proposta elaborada no Consea, apesar da enorme crise econômica e financeira que nós herdamos e dos constrangimentos objetivos, o governo brasileiro já destinou R$ 4,5 bilhões, quase o dobro, para o financiamento da agricultura familiar. Na segunda safra que está em curso, já foram destinados R$ 7 bilhões”, encerrou.