Em visita ao primeiro-ministro Tony Blair, em Londres, na semana passada, o primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi, reafirmou que as eleições previstas para janeiro devem ocorrer sem mudança de data.
Durante o seu discurso, ele pediu que a Organização das Nações Unidas (ONU) forneça “toda a ajuda necessária” para que as eleições no país ocorram conforme o esperado.
Mas o “esperado” de quem?
Kofi Annan , Secretário Geral da ONU, retrucou dizendo que um pleito confiável não poderia ocorrer caso a violência no país continuasse.
E ela vai muito bem, obrigada.
Hoje no Iraque temos seqüestrados por grupos extremistas 15 iraquianos (participantes da polícia iraquiana sob controle da coalizão), 2 italianas, 1 inglês, mais alguns turcos e ontem foi decapitado mais um norte-americano (um outro já havia sido antes de ontem).
Todos os dias morrem, pelo menos, de 10 a 30 pessoas vítimas de explosões, seqüestros, cabeças arrancadas fora e ataques da coalizão. Na semana passada foram 300 no total.
O país tem dois focos grandes de resistência no momento, que são Fallujah e Najaf, a primeira comandada por sunitas e a segunda por xiitas.
Os curdos continuam quietos em seu lugar, mas já asseguraram que vão querer a sua fatia do bolo, detalhe: só pra eles. Querem ter a independência da área que ocupam no norte do Iraque.
Não há a menor condição para que haja eleições justas no Iraque. Mas parece que a palavra “legitimidade” não faz parte do vocabulário dos que comandam o país, ou seja, da coalizão.
A situação é muito difícil e isso pode ser medido pelo desejo do Departamento de Estado dos EUA querer trans