Na maior parte de sua carreira na Fórmula 1, Michael Schumacher chegou ao Canadá como favorito. Mas não desta vez. O campeão do mundo da Ferrari não vence uma corrida desde outubro, marcou meros 16 pontos em sete provas até agora e suas esperanças de ganhar o oitavo título quase desapareceram por completo.
A corrida de domingo pode assinalar a tão esperada recuperação da Ferrari, mas o alemão de 36 anos não quer fazer previsões.
– É melhor não. Minhas previsões não têm sido muito boas ultimamente – disse ele.
Mesmo tendo vencido nos últimos três anos no Circuito Gilles Villeneuve, e com sete vitórias desde que correu pela primeira vez em Montreal, em 1992, pela Benetton, o domínio dele e da Ferrari declinaram.
Renault, McLaren, Toyota e Williams foram mais fortes até agora e todas têm motivos para acreditar na vitória no domingo.
O jovem espanhol da Renault, Fernando Alonso – que tem quatro vitórias e lidera o campeonato, 32 pontos à frente de Kimi Raikkonen, da McLaren, e de Jarno Trulli, da Toyota – certamente imagina que tem chance.
– Todas os anos em que estive lá com a Renault fomos rápidos em Montreal. Com o R23 (em 2003) fiz a volta mais rápida e com o R24 estivemos em posição para ganhar. Com o carro deste ano, não há motivo para não esperar um pódio, ou talvez a vitória, desde que não tenhamos problemas durante o final de semana. Estou realmente confiante de que o carro será competitivo – disse o piloto de 23 anos.
Raikkonen, frustrado em Nuerburgring com um pneu furado e o uma falha na suspensão na última volta, quando liderava, precisa obter alguns pontos para recuperar o bom momento.
Se não fosse pela quebra, ele teria chegado ao Canadá com três vitórias seguidas e no máximo 20 pontos atrás de Alonso.
O abandono do finlandês no Grande Prêmio da Europa significa que ele terá a desvantagem de correr primeiro nos treinos de classificação, em um circuito pouco usado que leva tempo para ficar limpo, mesmo tendo sido recapeado.
O mesmo vale para Ralf Schumacher, da Toyota, ofuscado pelo italiano Trulli até agora.
A Williams pode ter vantagem nesta parte do campeonato, onde a força do motor será importante.
O alemão Nick Heidfeld tem duas segundas posições seguidas e o australiano Mark Webber se sentirá em casa em um circuito que lembra Melbourne e favoreceu a Williams em anos anteriores.
O ex-campeão Jacques Villeneuve, filho de Gilles, mas que não correu no ano passado, volta para casa com a Sauber, sem grandes expectativas, devido às más apresentações nas sete corridas do ano.
O canadense vai compartilhar os holofotes com outro norte-americano no treino de sexta-feira – o californiano Scott Speed estréia na Red Bull.
“Vamos observar seu progresso com interesse – disse o chefe da equipe, Christian Horner, que também recebe o austríaco Christian Klien, ao lado do britânico David Coulthard.