O sargento Reis, que na prática era um dos assessores de Bolsonaro, participou dos ataques terroristas no 8 de janeiro e chegou a subir na cúpula do Congresso, conforme flagrado por imagens públicas.
Por Redação – de Brasília
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1) ouvirá na quinta-feira, a partir das as 9h, o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, ex-integrante da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro. Ele é apontado como responsável por movimentação atípica de recursos financeiros cujo destinatário era o ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
![Sargento Reis](https://www.correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2023/08/sargento-reis.jpg)
Reis, que na prática era um dos assessores de Bolsonaro, participou dos ataques terroristas no 8 de janeiro e chegou a subir na cúpula do Congresso Nacional, conforme flagrado por imagens públicas.
— Eu estou no meio da muvuca! Não sei o que está acontecendo! O bicho vai pegar! — disse, em mensagem encaminhada no dia do golpe fracassado.
Relatório de inteligência financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que foi enviado à CPMI no último dia 11, detalha as informações das movimentações financeiras.
Convocação
No requerimento de convocação de Reis, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, identifica o sargento como “servidor responsável por atender demandas de Mauro Cid”. Segundo ela, o depoimento é “fundamental”. A convocação foi requerida por outros seis parlamentares.
Os requerimentos tratam basicamente das ligações de Reis com a organização dos atos de 8 de janeiro. Segundo o senador Fabiano Contarato (PT-ES), as investigações apontam o envolvimento de servidores.
A movimentação financeira, de mais de R$ 3 milhões, é incompatível com a renda mensal de R$ 13,3 mil do sargento. A hipótese de lavagem de dinheiro é investigada.