Safra de grãos deve crescer 7,8% em São Paulo

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado segunda-feira, 17 de janeiro de 2005 as 16:21, por: CdB

 Nova estimativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento aponta que a produção de grãos no Estado de São Paulo, na safra de verão 2004/2005, deve crescer 7 8% ante 2003/2004 e atingir 6,2 milhões de toneladas. De acordo com o levantamento, feito em novembro pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), a área plantada é estimada em 1,77 milhão de hectares, 1,2% superior ao 1,75 milhão de hectares da safra anterior, o que aponta ainda um aumento na produtividade.

O levantamento considera os seguintes grãos e fibras: algodão, amendoim das águas, feijão das águas, soja, arroz e milho para a safra de verão. O destaque fica por conta do aumento da produtividade do algodão, que deve alcançar 297,65 mil toneladas, crescimento de 37,68% quando comparado à safra 2003/04, de 216,19 mil toneladas. O crescimento da produtividade de algodão ficou em torno de 7% e a área plantada saltou de 87 29 mil para 112,17 mil hectares (aumento de 28,5%).

– O algodão acompanha as nossas melhores expectativas e aponta para uma recuperação da cultura, o que permitirá atender a uma parcela maior da demanda da indústria têxtil paulista – afirmou o secretário da Agricultura e Abastecimento, Antonio Duarte Nogueir a Júnior. Já o milho, um dos principais produtos importados pelo Estado de São Paulo, deve ter pequena retração da área cultivada, de 728 mil para 724 mil hectares e aumento na produção, de 3,7%, atingindo 3,49 milhões de toneladas.

Para o diretor do IEA Nelson Martin, os preços do milho, que se encontravam em forte queda no plantio em virtude da supersafra americana e das fortes quedas das cotações no mercado internacional, desencorajaram os produtores do Estado em expandir a áre a plantada na presente safra.

Já a primeira safra de soja deve crescer 12,85%, para 2 03 milhões de toneladas, com apenas 0,3% de aumento de área e crescimento de 12,5% na produtividade. “Na safra passada, enfrentamos uma estiagem que prejudicou a produtividade, o que não devemos ter nesta safra”, afirmou Martin.

A redução mais relevante será no feijão, com queda de 118,79 mil para 99,6 mil toneladas na safra das águas, ou cerca de 16%, acompanhada de um recuo da área em 15%.