O Ministério da Defesa da Rússia negou, neste sábado, as acusações do governo neonazista que assumiu o governo da Ucrânia em um golpe de Estado de que aviões russos teriam violado o espaço aéreo do país vizinho. A informação foi divulgada pela agência oficial Itar-Tass.
“Nenhuma violação do espaço aéreo de países vizinhos da Rússia, incluindo a Ucrânia, foi registada pelos meios de controle russos”, indicou o ministério, em nota.
O primeiro-ministro de facto ucraniano, Arseni Iatseniuk, disse que a violação do espaço aéreo ucraniano por parte da Força Aérea russa por sete vezes é uma provocação para que a Ucrânia comece uma guerra”.
– A aviação russa sobrevoou e violou o espaço aéreo ucraniano esta noite por sete vezes. A única intenção é levar a Ucrânia a começar uma guerra – disse o dirigente golpista em uma conferência de imprensa em Roma, depois de ser recebido pelo primeiro-ministro italiano Matteo Renzi e pelo papa Francisco, de quem recebeu a garantia de apoio para resolver a crise no país.
A situação na Ucrânia levou o primeiro-ministro a encurtar sua visita oficial à Itália e regressar mais cedo ao seu país. Neste sábado, confirmou-se também que representantes diplomáticos dos 28 países da União Europeia vão se reunir na segunda-feira, em Bruxelas, para discutir as novas sanções contra Moscou, na sequência da crise na Ucrânia. O encontro é uma nova afirmação europeia contra a Rússia, com o apoio dos EUA.
Os diplomatas ocidentais pretendem “adotar uma lista adicional de sanções de ‘fase 2′, como o congelamento de ativos e interdição de viagens”, indicou um responsável da União Europeia, sob anonimato, à agência noticiosa AFP.