Rumo ao precipício, país eleva preços, juros, inflação e desemprego

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Publicado sexta-feira, 17 de junho de 2022 as 16:19, por: CdB

“Diante de uma economia quase estagnada que convive com alta de preços, elevada taxa de inflação, carestia  e com um mercado de trabalho precarizado, o novo aumento da taxa de juros definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião dos dias 14 e 15 de junho, gera potencial para aumentar ainda mais a crise social e econômica pela qual o país passa”.

Por Redação, com ACS – de São Paulo

Em nota conjunta, distribuída nesta sexta-feira, os presidentes das principais centrais sindicais do país apontam os riscos de a economia brasileira descer a um patamar ainda mais arriscado para os trabalhadores. Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT);  Miguel Torres da Força Sindical; Ricardo Patah – da União Geral dos Trabalhadores (UGT); Adilson Araújo, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Oswaldo Augusto de Barros da Nova Central de Trabalhadores assinam o documento.

O resultado das negociações salariais do ano passado, registrando que 25% delas não conseguiram repor a inflação
O resultado das negociações salariais do ano passado, registrando que 25% delas não conseguiram repor a inflação

“Diante de uma economia quase estagnada que convive com alta de preços, elevada taxa de inflação, carestia  e com um mercado de trabalho precarizado, o novo aumento da taxa de juros definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião dos dias 14 e 15 de junho, gera potencial para aumentar ainda mais a crise social e econômica pela qual o país passa.

“Infelizmente, o governo e sua equipe econômica estão dançando na beira de um precipício. Com ao aumento de 0,50% ponto percentual, os juros chegaram a 13,25% a.a. O novo aumento da taxa de juros faz com que a liderança do país no triste ranking das “maiores taxas reais de juros” se reforce ainda mais. Triste marca!

Desconectado

“Os 125,2 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, sendo 33 milhões efetivamente passando fome, os 11 milhões de desempregados, os 26 milhões de trabalhadoras e trabalhadores subutilizados, a paralisação de serviços públicos por insuficiência de materiais e pessoal, os investimentos em queda (segundo os dados do PIB), o aumento da informalidade e a queda da renda real – nada parece ser suficiente para uma reversão da política econômica que aprofunda a crise, que parece não ter fim.

“Ao contrário do que se  pretende, o aumento da Taxa de Juros (Taxa Selic) não acaba com os elementos que tem causado a inflação atual e ainda gera um rastro de mais crise econômica e miséria social. (…)

Vale lembrar que as centrais sindicais fizeram um ato na no Banco Central em São Paulo em que  alertam a sociedade “sobre os graves problemas econômicos.  É urgente uma mudança na política econômica do país para que consigamos enfrentar os problemas mais urgentes que afetam nossa população: a inflação, o desemprego, a fome e a carestia”, diz a nota pública.

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