A governadora Rosinha chegou com uma hora e meia de atraso à reinauguração da fábrica da Cooperativa Central dos Produtores de Leite (CCPL), em São Gonçalo, que teve suas atividades encerradas há quatro anos. Durante este período, outras iniciativas já foram iniciadas e concluídas sem sucesso, na tentativa de reabertura da indústria de laticínios. Enquanto a governadora fazia seu discurso, um grupo de professores, representantes do sindicato em greve desde o último dia 16, junto com alunos da rede estadual de ensino, abriram faixas em protesto contra os baixos salários.
O protesto, no entanto, foi contido e as faixas arrancadas das mãos dos manifestantes por funcionários da CCPL, o que gerou um pequeno tumulto no local. O grupo foi retirado das dependências da fábrica mas, ao microfone, a governadora reagiu. Disse ela que o movimento era de um grupo pequeno de pessoas, que devem ser contra os novos empregos criados pela fábrica. Da fábrica, a governadora seguiu para o supermercado Carrefour da Manilha, onde acompanhou o lançamento dos produtos da CCPL.
Desativada há quatro anos, a CCPL realizará, na primeira fase de sua reabertura, uma produção de 120 mil litros de leite por dia. A partir de segunda-feira os produtos já estarão em todas as lojas Carrefour do Estado do Rio. A fábrica vai produzir, inicialmente, leite tratado em temperatura elevada ou UHT (Ultra High Temperature), embalado em caixas tetrapack e em sacos plásticos, além de manteiga. A intenção dos produtores também é a de produzir requeijão em um segundo momento. Ao todo, a fábrica vai gerar 3,5 mil empregos, sendo 400 na planta industrial, 600 nas cooperativas associadas e 2,5 mil no campo.