Conversa animada com o companheiro de ataque Robinho, abraço empolgado de Rogério Ceni. Essa foi a recepção que Romário teve no seu retorno à seleção brasileira depois de quase quatro anos de distanciamento entre o herói do tetracampeonato e a camisa amarela.
E o atacante de 39 anos não pretende passar em branco na sua despedida oficial da seleção na quarta-feira no Pacaembu, diante da Guatemala em uma partida em comemoração aos 40 anos da Rede Globo.
– Não sei quanto tempo vou jogar, mas espero que dê para fazer gol, quem sabe dois – disse o jogador, segundo maior artilheiro da seleção atrás somente de Pelé, de acordo com dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A partida contra a seleção da América Central marca ainda a volta da seleção ao Pacaembu 37 anos depois da último partida realizada no estádio paulistano.
Assim como há 37 anos, a partida desta quarta-feira marcará a despedida de uma figura consagrada na seleção e a primeira convocação de vários outros atletas, caso do lateral Cicinho, do meia Carlos Alberto e do atacante Fred.
Isso porque em 9 de junho de 1968 o lateral-direito Djalma Santos – campeão do mundo em 1958 e 1962 – se despediu da seleção na vitória de 2 x 0 diante do Uruguai em um amistoso no Pacaembu.
Naquela mesma partida Rivellino debutou oficialmente com as cores do Brasil, as mesmas que o levariam ao tricampeonato mundial dois anos mais tarde.
Apesar da fragilidade do adversário – e do cárater festivo da partida, o técnico Carlos Alberto Parreira mantém sua característica cautela.
– Não vai ser um jogo fácil como todos estão esperando – previu Parreira que espera uma Guatemala entrosada na quarta-feira.
A Guatemala divide a terceira colocação na fase final das eliminatórias da América do Norte e Central para a Copa do Mundo com a Costa Rica, ambas com 4 pontos em 3 partidas. Chegam ao mundial os três primeiros colocados da fase final. O quarto colocado disputa uma vaga com uma equipe da Ásia.