Rogério Ceni se surpreendeu com chance de jogar

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Publicado sexta-feira, 23 de junho de 2006 as 10:14, por: CdB

Nenhum reserva ficou tão surpreso por ter sido chamado para entrar em campo quanto o goleiro Rogério Ceni, que não teve chance de atuar na campanha de 2002.

O goleiro do São Paulo nunca foi a escolha principal do técnico Carlos Alberto Parreira para a posição, mas parece ter conquistado não só a vaga de reserva de Dida como também respeito do treinador. Pelo menos é isso que fica aparente para quem acompanha os treinos, onde Rogério é sempre o último a deixar o campo.

– Todo mundo sonha em jogar. Não estava programado não, ele virou e me chamou. Foram dez minutos bacanas, deu para jogar – disse o goleiro após a goleada por 4 x 1 do Brasil sobre o Japão na quinta-feira, lembrando que na sua posição a diferença entre sonho e pesadelo é um chute.

-Você entra meio frio. Não veio bola o jogo todo, de repente vem uma meio complicada.

Rogério disse ainda que contou com a ajuda do lateral Cicinho, ex-companheiro de time que ficou tocando a bola para ele sempre que podia.

– É para você dar uma aquecida, senão não dá nem para tocar na bola. Mas o importante é que não aconteceu nada de errado, deu para ir bem. O importante é o time, que jogou muito bem hoje. Fez a melhor atuação na minha opinião, conseguiu vencer de forma boa e isso dá confiança para o restante da competição, que espero seja um restante longo – disse ele.

O goleiro batedor de faltas, artilheiro no São Paulo, já disse um milhão de vezes que não espera e nem se prepara para bater faltas com a camisa da seleção. Mesmo assim, foi perguntado de novo sobre o tema e achou por bem brincar com o nome de outro ex-companheiro.

– Fiquei torcendo para o Ricardinho cair ali, ele estava protegendo a bola. Ele não caiu, não teve falta. Depois até brinquei com ele – disse o goleiro, deixando a área de entrevistas com um enorme sorriso.