Rio tem plano para qualificar trabalhadores para indústria naval

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Publicado sábado, 21 de outubro de 2006 as 11:54, por: CdB

O Ministério do Trabalho e Emprego lançou neste sábado, em Niterói, no Rio de Janeiro, o Plano Setorial de Qualificação Naval (Planseq Naval). A meta é qualificar cerca de quatro mil trabalhadores para o setor naval de Itaboraí, Nova Iguaçu, Niterói e Rio de Janeiro.

Segundo cálculos da Petrobras, os investimentos planejados para o setor naval até 2010 podem gerar cerca de 14 mil empregos apenas no estado do Rio de Janeiro. Os estaleiros fluminenses receberam encomendas para construção de 13 navios.

O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Marco Antônio de Oliveira, informou que R$ 2,6 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) serão investidos no Planseq Naval.

– Esse dinheiro será utilizado na realização dos cursos e no fornecimento de vale-transporte para os alunos. Metade dos recursos previstos já foram liberados. Apenas quando 80% deles tiverem sido aplicados, o restante também será (liberado) – explicou o secretário.

Os trabalhadores serão capacitados em 22 funções, como soldador, eletricista, caldeireiro, torneiro mecânico e supervisor, em cursos realizados pelos três Centros Federais de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro. No mínimo 10% das vagas serão ocupadas por mulheres.

Os Planseq Naval faz parte das ações do Plano Nacional de Qualificação (PNQ), que tem como objetivo qualificar mão-de-obra local de acordo com a necessidade de cada região, o que facilita a absorção desses trabalhadores. A previsão do Ministério é que ao menos 30% das pessoas atendidas pelo Planseq Naval sejam absorvidas pela indústria fluminense.

Segundo o secretário-executivo do Ministério Trabalho, os cursos devem começar já em novembro e serão selecionados trabalhadores inscritos no Sistema Nacional de Empregos (Sine).

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, José Mascarenhas, disse, no entanto, que a seleção para os cursos privilegiará parentes de metalúrgicos que constam no banco de dados do sindicato. Ele disse que inicialmente serão oferecidas apenas 580 vagas.  

– No início, vamos dar preferência aos filhos de trabalhadores metalúrgicos da região de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo. Quando concluirmos com nosso banco de dados, que tem três mil pessoas, nós vamos abrir para o público, pois não há muitas vagas por enquanto – declarou Mascarenhas.