Rio: dona de celular resgata aparelho usado como prova contra anestesista

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Publicado sexta-feira, 15 de julho de 2022 as 11:06, por: CdB

O aparelho foi periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli para comprovar que não houve nenhum tipo de manipulação no aparelho. Nas imagens, o médico fica mais de 10 minutos, naquela posição, junto a cabeça da paciente, que está inerte, totalmente dopada.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

Uma técnica de enfermagem, de 36 anos, do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, esteve na quinta-feira na Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) da Baixada Fluminense para resgatar o telefone celular usado para fazer as imagens do anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprando uma paciente após o parto.

Dona de celular resgata aparelho usado como prova contra anestesista

O aparelho foi periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli para comprovar que não houve nenhum tipo de manipulação no aparelho. Nas imagens, o médico fica mais de 10 minutos, naquela posição, junto a cabeça da paciente, que está inerte, totalmente dopada e que, vez por outra, é puxada pela cabeça pela mão do anestesista.

Enquanto a equipe médica está concentrada na sutura da paciente, o anestesista fica do outro lado, junto a cabeça da paciente, no centro cirúrgico, protegido por um tipo de capa enorme, que não é usada normalmente por anestesistas. Ele fica com o ombro encostado junto ao pano usado para separar a equipe médica do anestesista, arrumando o pano sempre que foge do seu ombro. A finalidade é ficar mais escondido, para praticar o crime contra uma pessoa indefesa e vulnerável.

No domingo, o anestesista Giovanni Bezerra participou de três cirurgias de cesariana. O marido da segunda mulher, que teve gêmeos no Hospital da Mulher, esteve na quinta-feira à tarde, prestando depoimento à polícia. Ele deixou a delegacia sem conversar com os jornalistas. A primeira mulher que teve filho no domingo, chegou acompanhada do advogado, usando um capuz e também deixou a delegacia sem falar com os repórteres. O advogado disse apenas que ela tem 30 anos e é mãe solo.

Exame de HIV

A titular da Deam, delegada Bárbara Lomba, informou que não descarta pedir na Justiça que o anestesista seja obrigado a fazer um exame de HIV. A delegada disse que a mulher estuprada durante o parto tomou um coquetel anti-HIV no domingo, seguindo o protocolo para os casos de violência sexual.

Medidas

O governador Cláudio Castro visitou na quinta pela manhã o Hospital da Mulher Heloneida Studart. “Fiz questão de parabenizar a coragem da equipe que denunciou esse monstro (o médico Giovannni Bezerra) anestesista que está preso e no lugar que merece”.

Castro disse ainda que determinou para a Secretaria de Saúde a revisão de todos os protocolos e procedimentos. “O governo do Estado já está dando toda assistência à vítima e o apoio para a equipe que atuou no caso. Meu compromisso é garantir que uma atrocidade como essa não volte a se repetir”.

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