As exportações da indústria fluminense cresceram 30% nos últimos 12 meses, e o bom desempenho do setor de petróleo fez com que as vendas do mês de junho ficassem 120,5% maiores em comparação com junho de 2005. Esses dados estão no boletim Rio Exporta, divulgado nesta sexta-feira, pela chefe da Assessoria de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luciana Sá.
O resultado final da balança comercial em junho foi um superávit de US$ 236,5 milhões, com exportações de US$ 842,1 milhões e importações de US$ 605,6 milhões.
As importações cresceram 1,9% em 12 meses e 25,7% considerando apenas o mês de junho. O saldo da balança comercial acumulado no primeiro semestre do ano já chega a US$ 1,4 bilhão, um ganho de 270,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento de preços de 22,4% provocou a maior parte do crescimento do valor exportado pelo Estado do Rio no segundo trimestre de 2006, já que o volume de exportações apresentou variação de 8,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, o preço cresceu 24%, e o volume, 5,4%.
Entre os produtos, destaque absoluto para o petróleo, responsável por vendas de US$ 448 milhões, uma variação de mais de 1.000% em relação a junho do ano passado. Óleos combustíveis, resinas, veículos e gasolina automotiva também contribuíram para o número. Os manufaturados permanecem com número negativo em 12 meses (-9,6%), mas mostram importante reação no mês, com alta de 30% em relação a junho de 2005.
Entre as importações, o maior destaque ficou com os produtos da indústria metalúrgica, com crescimento de 126,6% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 121,7% no acumulado no ano. A importação de petróleo atingiu US$ 143 milhões, uma variação de 41,2% em relação a junho do ano passado.
O principal destino das exportações fluminenses em junho foi a China, com vendas de US$ 218 milhões – 25,9% do total exportado. Bahamas, Portugal e China apresentaram as melhores taxas de crescimento no acumulado no ano.
Quanto à origem das importações, o principal destaque em junho foi a Arábia Saudita, com 23,6% das compras (US$ 143 milhões) e crescimento de 58,7% com relação ao mesmo mês do ano passado. Os Estados Unidos também se destacaram, com 19,3% de participação nas vendas no mês e 20,6% no acumulado do ano.