Reunião do Copom tende a elevar, mais uma vez, a taxa básica de juros

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Publicado terça-feira, 20 de setembro de 2022 as 14:05, por: CdB

A previsão mais baixa em 2022 incorpora o impacto de medidas legislativas aprovadas referentes aos preços de combustíveis e energia elétrica. Após a redução das alíquotas de ICMS, o país registrou dois meses de deflação (em julho e agosto). No mês passado, o índice oficial de inflação do país recuou 0,36%, segundo dados divulgados pelo IBGE.

Por Redação – de Brasília

Na reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), iniciada nesta quarta-feira, a tendência do Banco Central (BC) é de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 pontos percentuais. Na opinião de analistas financeiros, este deverá ser o último degrau no mais longo e intenso ciclo de aperto monetário promovido pelo BC. O ajuste final transmitiria uma mensagem mais dura por parte da autoridade monetária, segundo os economistas.

A reunião do Copom, no Banco Central, determina a taxa oficial de juros nos financiamentos bancários
A reunião do Copom, no Banco Central, determina a taxa oficial de juros nos financiamentos bancários

— A comunicação do Copom na última reunião foi na direção de parada. Se ele estava confortável em sinalizar a pausa lá atrás, de lá para cá, o conforto [que possibilitou a sinalização] ficou, no mínimo, igual. Então, ele faz a pausa para avaliação — disse Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, a jornalistas.

O conforto, na visão do ex-assessor especial do Ministério da Economia, vem da queda nas projeções de inflação para este ano e sobretudo para o próximo – período mais relevante para a atuação do BC dada a defasagem da política monetária.

Combustíveis

O boletim Focus, do BC, divulgado na véspera, traz a estimativa do financistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022 recuou pela 12ª semana consecutiva, de 6,4% para 6%, e a projeção para 2023 caiu de 5,17% para 5,01% –quinta queda seguida.

A previsão mais baixa em 2022 incorpora o impacto de medidas legislativas aprovadas referentes aos preços de combustíveis e energia elétrica. Após a redução das alíquotas de ICMS, o país registrou dois meses de deflação (em julho e agosto). No mês passado, o índice oficial de inflação do país recuou 0,36%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado em 12 meses, o IPCA ficou em 8,73%.

Além do corte tributário, Megale também menciona os reajustes nos preços dos combustíveis anunciados pela Petrobras na esteira da queda do valor do petróleo e a inflação de alimentos com uma dinâmica “um pouco mais favorável”.

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