Retirada de Gaza deve ser concluída em setembro de 2005

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Publicado quinta-feira, 10 de junho de 2004 as 09:53, por: CdB

A comissão encarregada dos preparativos para a aplicação do plano de retirada da faixa de Gaza adotado no último domingo (6) pelo governo de Israel trabalha segundo um calendário que fixa para o fim de setembro de 2005 a data limite para a saída, informou nesta quinta-feira a imprensa israelense.

Os colonos que desejarem sair da faixa de Gaza ou das quatro colônias isoladas do norte da Cisjordânia que devem ser desmanteladas segundo este plano apresentado pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, poderão agir em duas etapas, informaram a rádio militar e o jornal israelense “Haaretz”.

Os primeiros colonos poderão sair a partir de agosto de 2004 e só receberão as compensações previstas após deixarem o território, enquanto os outros terão a possibilidade de partir voluntariamente até julho de 2005, após o pagamento das compensações financeiras.

Em 14 de agosto de 2005 serão encerradas as retiradas voluntárias e a faixa de Gaza será decretada “zona militar fechada”. No entanto, de acordo com estes dois meios de comunicação, será dado um prazo suplementar até o dia 1º de setembro para uma retirada voluntária da região. Depois dessa data, o exército israelense usará a força para remover os que insistirem em ficar.

A retirada dos civis da faixa de Gaza deve ser concluída até 15 de setembro de 2005, enquanto as tropas israelenses devem deixar a região até o dia 30, segundo este calendário.

A comissão realizou nesta quarta-feira sua primeira reunião, presidida pelo general da reserva Giora Eiland, diretor do Conselho de Segurança Nacional, com a presença de representantes de vários ministérios envolvidos na ação.

Esta comissão deve voltar a se reunir no final de junho para tomar decisões relativas aos aspectos práticos da retirada, bem como sobre as indenizações para os colonos e sua nova instalação.

Um integrante do governo israelense, que pediu o anonimato, disse que “a comissão do general Eiland trabalha segundo as indicações determinadas pelo primeiro-ministro (Sharon). Isto é um fato. A divulgação deste documento interno ocorreu por uma infidelidade. O calendário apresentado é uma opção de trabalho. Pode ser submetido a mudanças”.