Rede nacional aumentará disponibilidade de medula para transplantes

A rede Brasilcord, lançada nesta sexta-feira, dia 24, em São Paulo, somará dez bancos de sangue de cordão umbilical e plascentário, instalados em cinco regiões do país. A rede nasce já com a adesão do hospital israelita Albert Einstein, que realiza atendimentos pelo Sistema Único de Saúde, e pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, que já estão prontos para funcionar.

O convênio de inauguração do BrasilCord, entre o Ministério da Saúde e o Hospital Albert Einstein, que foi assinado nesta sexta-feira pelo ministro Humberto Costa, tem a participação do governo do Estado, o que permitiu incluir a Universidade de Campinas e a Universidade de São Paulo, além da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo.

A rede abrangerá cinco regiões, com unidades em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto (SP), além de Rio e São Paulo. Segundo o ministério, para suprir as necessidades do país serão necessários 20 mil amostras, das quais 70% coletadas no Sul e Sudeste e os 30% restante nas demais regiões.

Com o BrasilCord, o país passa a ter uma rede pública de bancos de armazenamento de sangue de cordão umbilical e plascentário, para atendimento de pacientes que necessitam de células-tronco, em especial os leucêmicos, que habitualmente aguardam transplantes de medula óssea.

A principal vantagem do BrasilCord é que as células do cordão umbilical estão sempre disponíveis. Como não há necessidade de localizar um doador e submetê-lo à retirada da medula óssea, os pacientes compatíveis serão beneficiados por uma grande redução de tempo entre a localização do material e o transplante. As mães serão consultadas sobre a possibilidade de doar o sangue placentário nos hospitais ligados à rede BrasilCord e o sangue, cerca de 70 a 100 mililitros, será retirado logos após o parto.

O material será congelado e enviado a unidade central que mantém o banco.