Um grupo militante iraquiano ofereceu até 100.000 dólares pela morte do primeiro-ministro do Iraque e ministros que lançaram uma ofensiva contra rebeldes no norte do país, segundo uma nota divulgada na Internet nesta segunda-feira.
O Exército Islâmico no Iraque, que está entre diversos grupos que combatem tropas norte-americanas e forças iraquiana, disse que o primeiro-ministro do Iraque, Ibrahim Jaafari, e os ministros do Interior e da Defesa devem morrer pelo confronto em Tal Afar.
– A liderança do grupo emitiu ordens a todos os mujahideen (combatentes) para intensificar os ataques para vingar o extermínio em massa ocorrido em Tal Afar – disse o comunicado, sem data, mas com a logo do grupo.
A autenticidade do comunicado não pôde ser imediatamente verificada. Foi colocado um preço de 100.000 dólares por Jaafari, 50.000 dólares pelo ministro do Interior Bayan Jabor e 30.000 dólares pelo ministro da Defesa Saadoun Dulaimi.
Tropas dos EUA e iraquianas estão caçando rebeldes e combatentes estrangeiros em Tal Afar, uma cidade com 200.000 habitantes perto da fronteira coma Síria.
Neste domingo, o líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, acusou o Exército dos EUA de usar gás tóxico na cidade para acabar com os combatentes.
O ministro do Interior iraquiano, Bayan Jabr, disse nesta segunda-feira que os soldados americanos e iraquianos que estão em Tel Afar, perto da fronteira com a Síria, mataram 157 rebeldes e detiveram 291 supostos terroristas.
O iraquiano explicou que, apesar de o Exército já ter tomado o controle de toda a cidade, a “operação pente-fino” feita em distintos pontos de Tal Afar prossegue.
Em entrevista coletiva concedida em Bagdá, Jabr disse que entre 200 e 900 insurgentes atuavam em Tel Afar quando a ofensiva começou, na madrugada de sábado, e assegurou que “poucos deles conseguiram atravessar os postos de controle e sair da cidade disfarçados de civis”.
O ministro revelou que forças iraquianas e americanas fazem uma nova operação em cidades situadas a oeste de Tel Afar, não longe da fronteira com a Síria, de onde as autoridades acham que vêm militantes estrangeiros.
O ministro recusou, no entanto, dar mais detalhes sobre a nova ofensiva “por motivos de segurança.”.