Rebeldes do Sudão afirmam que mataram mais de 300 soldados

Os rebeldes do oeste do Sudão asseguram que mataram mais de 300 soldados do Governo e fizeram prisioneiros várias dezenas em enfrentamentos armados na região oriental de Darfur, perto da fronteira com Chade.

“Nossas tropas combateram durante os últimos dois dias ao Exército do Governo na zona de Jazan Gedid, a cem quilômetros de Niala, capital do sul de Darfur”, afirmou o secretário-geral do Movimento de Libertação do Sudão (MLS), Macaca Arco Minawy.

Em umas declarações publicadas hoje, domingo, pelo jornal árabe internacional “Al-Hayat”, Minawy detalhou além disso que nas escaramuças morreram 300 soldados de Cartum e 35 foram feitos prisioneiros.

“Durante os enfrentamentos as tropas do Governo utilizaram aviões Antonov e helicópteros”, revelou, antes de agregar que os rebeldes capturaram por sua vez dois tanques T-55 de fabricação russa e treze veículos militares cheios de armas.

O presidente do MLS, o advogado Abdelwahed Mohamed Nur, anunciou na quarta-feira passada que os rebeldes de seu movimento tinham matado mais de 200 militares em enfrentamentos armados que ocorreram na região de Darfur.

Indicou também que os rebeldes se fizeram com o controle das três “importantes zonas de Triba, Mekyar e Liba, em Darfur”.

O conflito que recomeçou há um ano arrastou o país a uma crise humanitária que já deixou milhares de mortos, um milhão de deslocados internos e mais de 100.000 foragidos ao vizinho Chade.

O MLS e o Movimento da Justiça e a Igualdade (MJI) são os dois grupos rebeldes surgidos em Darfur em protesto pelo que consideram uma política de marginação do Governo.

As autoridades de Cartum ofereceram aos rebeldes “um corredor seguro” para iniciar conversações de paz.