O programa se chama O Embaixador e mostra 14 jovens competindo entre si para ver quem consegue ser mais bem-sucedido na tarefa de vender a imagem de Israel.
Mas, mesmo antes de o programa ter início, ele já está causando polêmica.
A deterioração da imagem de Israel no mundo foi recentemente sublinhada por um alerta feito pelo Ministério do Exterior – e vazado para a imprensa – de que o país poderia se ver recebendo o tratamento de um Estado-pária em alguns anos.
Superembaixador
Um reality show pode não parecer a resposta mais óbvia a esta questão, mas é neste contexto que se insere o novo programa.
O vencedor vai se tornar uma espécie de superembaixador de Israel, viajando pelo mundo para tentar polir a imagem do país.
Os concorrentes foram escolhidos entre vários milhares de candidatos que responderam a um anúncio na imprensa israelense que oferecia um emprego em uma agência de relações públicas de Nova York.
Os 14 finalistas representam vários tipos de famílias, incluindo colonos dos territórios ocupados, imigrantes judeus etíopes e judeus ortodoxos.
Em um anúncio para promover o show, eles são vistos fazendo pose em frente a uma imagem do Capitólio, em Wsahington.
Pacotes de férias
De acordo com campanha de marketing do programa, eles estão entre as pessoas mais “talentosas, inteligentes e talentosas de Israel”.
A cada semana, eles receberão tarefas diferentes em países diferentes para testar sua habilidade de apresentar Israel sob um viés positivo.
Em uma delas, eles terão que defender o caso de Israel na Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha. Em outra, tentarão vender pacotes de férias em Israel na avenida Champs-Elysées, em Paris.
Uma terceira tarefa será bolar um comercial sobre os prazeres que podem ser encontrados em Israel para ser veiculado na rede de TV MTV.
A cada semana um dos concorrentes será eliminado por um painel de três jurados: um ex-chefe do serviço secreto israelense, um ex-porta-voz do Exército e um jornalista político.
Originalmente, os produtores do programa queriam que o Ministério do Exterior estivesse envolvido, mas o órgão declinou o convite, dizendo que haveria conflito de interesse com seu próprio esquema de treinamento de diplomatas.
Agora é um grupo baseado nos Estados Unidos e chamado Israel at Heart (Israel no Coração) que está fornecendo o prêmio para o vencedor – um período de um ano em Nova York, com todas as despesas pagas, trabalhando como um profissional de mídia de alto gabarito.