Quatro amuletos para proteção

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Publicado sábado, 7 de agosto de 2004 as 18:49, por: CdB

Pé de coelho
Na Idade Média,  as pessoas pobres viviam amontoadas em suas casas junto com animais para compartilhar o calor durante os períodos de inverno. Entre os porcos e carneiros, destacavam-se os coelhos, pequenos e com pêlo agradável.
Considerados ótimas companhias, ganharam o status de criaturas mágicas (em especial na Grã-Bretanha) que traziam boa sorte. Nesse período as pessoas passaram a crer que o osso do pé do coelho curava doenças quando carregado próximo do corpo.
Tal crença perdura até hoje, o que faz com que todo ano muitos animais sejam mortos e mutilados para que suas patas se tornem amuletos preciosos.
Trevo de quatro folhas
Tradicionalmente o trevo é uma planta com três folhas, porém, é possível encontrar na natureza raros exemplares contendo quatro folhas. Por causa disso, os antigos druidas transformaram o trevo de quatro folhas em amuleto, acreditando que por eles era possível enxergar os demônios na floresta e ganhar alguns poderes místicos.
Segundo outra lenda, Eva levou consigo um trevo de quatro folhas quando foi expulsa do Paraíso, o que lhe garantiu sorte. Por conta disso as pessoas até hoje gastam algum tempo atrás deste milenar talismã.
 
Ferradura
De acordo com registros históricos a ferradura se tornou objeto de sorte na Grécia antiga, onde seus habitantes a penduravam no alto da porta de suas casas, sempre com as pontas viradas para cima.
 
A crença nasceu de dois preceitos: as ferraduras eram feitas de ferro, metal que o povo acreditava proteger contra os males e, ao mesmo tempo, remetia à figura de uma lua crescente, símbolo da fertilidade e da prosperidade.
 
Muitos anos depois, os cristão europeus depositaram no objeto outra crença, desta vez baseada na vida de Dunstan de Canterbury, um arcebispo inglês que teria aperfeiçoado a metalurgia para a fabricação de sinos. De acordo com a lenda, o religioso teria colocado ferraduras no próprio demônio, somente as tirando após fazê-lo prometer que nunca mais se aproximaria do objeto de metal.
 
É importante lembrar que em alguns outros países, como a Espanha, por exemplo, os supersticiosos colocam a ferradura apontando para baixo, para que a sorte se espalhe por toda a casa.
 
Figa
Para os supersticiosos a figa de azeviche, representada por uma mão humana em que o polegar está colocado entre o indicador e o médio, é um dos amuletos mais poderosos contra o mau-olhado.
 
A lenda começou no antigo Egito, onde as propriedades naturais e esotéricas do azeviche (contas negras) eram unidas à qualidade da mão, resultando em um colar cuja função era espantar répteis sem patas e decifrar segredos do futuro.
 
No Brasil ela recebeu o nome de isola, por “possuir o poder” de isolar a pessoa das coisas ruins que possam lhe acontecer. Feita de madeira, a figa é um dos amuletos citados mais acessíveis e procurados pelos supersticiosos.
 
Mas para engordar as chances de se proteger do azar, não esqueça de levantar de manhã com o pé direito e, sempre que julgar necessário, bater na madeira três vezes. Afinal, boa sorte nunca é demais.
 
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