Quando comer fat food pode não ser tão grave assim

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Publicado quinta-feira, 9 de março de 2006 as 18:19, por: CdB

O fast food (refeição rápida), ou fat food (idem, apenas com ingredientes gordurosos, calóricos e deliciosos) ganha cada vez mais espaço nas mesas de casas, bares e restaurantes, devido a sua forma de preparo prèt-à-porter e à correria das grandes cidades. Não é apenas a quantidade de pessoas que consome esse tipo de alimento que cresce, a oferta também apresenta um crescimento vertiginoso no mundo ocidental, principalmente. Nos paises orientais há ainda muita resistência quanto à ingestão desse tipo de alimentos.
 
Tanto a rapidez do serviço, quanto os horários de funcionamento e os preços econômicos dos locais de acesso ao fast food, assim como a variedade de pratos e a ampla rede de estabelecimentos, são algumas das vantagens que levam cada vez mais pessoas a buscar com freqüência esse tipo de alimentação. No entanto, o que alguns chamam ironicamente de fat food devido ao seu valor calórico pode não ser tão ruim quanto dizem.

Especialistas, no entanto, creem que esse tipo de alimentação pode ser aceitável, desde que em quantidade e freqüência moderadas. Não pode se transformar em um hábito nem substituir alimentos básicos ou passar a ser o principal componente da dieta. O fast food deve ser consumido preferencialmente no almoço, uma vez que o seu alto valor calórico tende a ser compensado ao longo do dia com outros alimentos menos energéticos e nutrientes complementares. Em recente palestra em Madri, o nutricionistas espanhol Gregorio Mariscal Bueno fez alguns esclarecimentos sobre as refeições rápidas.

Dicas

De acordo com o nutricionistas, o consumo excessivo de fast food é desaconselhável devido ao seu alto percentual de carboidratos e gordura e da pouca quantidade de fibras, vitaminas e minerais. Além disso, as gorduras saturadas e o colesterol, nocivos para as artérias e o coração, são abundantes nesses produtos, os quais são de difícil digestão por causa de sua elaboração e dos molhos e condimentos.

Mas não pára por aí: as refeições rápidas costumam ter um alto teor de sódio, o que prejudica aqueles que retêm líquidos ou têm a pressão alta. Também contêm conservantes, corantes, estabilizantes e outros aditivos, que melhoram o aspecto da comida, mas podem ser fazer mal à saúde.

De todos modos, esse tipo de alimento pode ser incluído com moderação na dieta semanal, conferindo-lhe variedade – se tanto os pratos como os ingredientes forem diversificados – e fomentando o bem-estar e o equilíbrio psicológico do indivíduo, que comerá ao comer com moderação e por prazer aquilo que agrada ao paladar.

Essa alimentação pode fazer parte de uma dieta equilibrada, como uma comida a mais que fornece os nutrientes dos grupos alimentares fundamentais (carboidratos, proteínas e lipídeos). Além disso, pode trazer energia em momentos pontuais, como no meio do dia, para repor as calorias gastas de manhã ou garantir a que faltará à tarde.