Qualidade de vida dos brasileiros melhora, segundo Índice do IBGE

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Publicado sexta-feira, 23 de junho de 2023 as 16:48, por: CdB

De acordo com a pesquisa, todas as unidades da federação apresentaram ganhos. Roraima (32%) e Sergipe (25,8%) tiveram o maior crescimento e Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, o menor, 9,1% e 5,6%, respectivamente.

Por Redação – do Rio de Janeiro

O Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS) do Brasil subiu 12,8% entre 2008-2009 e 2017-2018, períodos das duas últimas edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). O indicador saiu de 5,452 para 6,147. Somadas as aquisições não monetárias de serviços, o IDS atinge 6,212, captadas apenas na edição 2017-2018.

IDS-IBGE
A pesquisa sobre o IDS é desenvolvida nacionalmente, a exemplo da reunião entre técnicos em Porto Alegre

As categorias que tiveram mais importância na composição dos efeitos marginais do IDS para o Brasil, em 2017-2018, foram educação e acesso aos serviços financeiros e padrão de vida. Os percentuais ficaram em torno de 19%. Moradia atingiu 16,1% e acesso aos serviços de utilidade pública e saúde e alimentação, cerca de 14% do total dos efeitos marginais observados no resultado deste indicador.

Despesas

Considerando as aquisições não monetárias de serviços, os maiores IDS no período 2017-2018, ficaram com o Distrito Federal (6,981) e São Paulo (6,878). As menores taxas foram as do Maranhão (4,909) e do Pará (5,108). Os dados fazem parte da POF 2017-2018: Evolução dos indicadores de qualidade de vida no Brasil, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, a renda não monetária é a soma de todos os valores dos bens e serviços pelos quais a pessoa não precisou pagar. São incluídos aí valores de bens e serviços prestados pelo governo, como os de saúde, e de famílias que têm despesas pagas por um parente, assim como o aluguel estimado.

— Na POF, além de se perguntar por todas as despesas que as pessoas tiveram no período de referência, de produtos e serviços [em] que elas efetivamente desembolsaram dinheiro — por exemplo, pagou uma consulta médica, então, este é um serviço monetário –, mas tem casos em que quem pagou a consulta foi um parente. Isso entrou de forma não monetária, como no caso de uma consulta pelo SUS [Sistema Único de Saúde] em que também não se desembolsa dinheiro — explicou a analista do IBGE Luciana dos Santos, em entrevista coletiva virtual.

De acordo com a pesquisa, todas as unidades da federação apresentaram ganhos. Roraima (32%) e Sergipe (25,8%) tiveram o maior crescimento e Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, o menor, 9,1% e 5,6%, respectivamente.

Qualidade de vida

Em um período de quase dez anos, a perda de qualidade de vida da população recuou de 0,227 para 0,157. No período entre a POF 2008-2009 e a mais recente, de 2017-2018, o Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV) teve retração de 30,8%.

— A variação do IPQV de 30,8%, indo de 0,227 para 0,157, reflete não só a melhora de um grupo, mas de todos os grupos. A redução do índice reflete a melhora tanto para pessoas que tinham perdas elevadas, quanto para as que tinham poucas perdas. Nesse período, a melhora foi praticamente generalizada — afirmou o analista da pesquisa Leonardo Oliveira, também durante a entrevista.

No IPQV calculado após a última edição da POF, o índice ficou em 0,183, quando a pessoa de referência era preta ou parda, o que significa queda de 31,4% em relação à pesquisa anterior, e chegava a 0,122, quando ela era branca, o que equivale a retração de 32,3%. Como as taxas dos indicadores caem em patamares parecidas, a desigualdade entre os dois grupos em termos relativos permanece, acrescentou Oliveira.

Apesar das melhoras, houve desigualdades também nos grupos em que a pessoa de referência é mulher (-27,6%) e no que tem como referência o homem (-33,5%).

— A melhora no caso do grupo em que a pessoa de referência é o homem é um pouquinho maior — resumiu o analista.

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