Como parte de uma conferência em novembro, as autoridades suspeitam que Putin pode anunciar que participará da eleição em março do próximo ano, informou o Kommersant, citando fontes não identificadas próximas à administração presidencial.
Por Redação, com Reuters – de Moscou
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode indicar em breve que participará da eleição presidencial em 2024, informou o jornal Kommersant nesta terça-feira, abrindo caminho para que o líder do Kremlin permaneça no poder até 2030.
Como parte de uma conferência em novembro, as autoridades suspeitam que Putin pode anunciar que participará da eleição em março do próximo ano, informou o Kommersant, citando fontes não identificadas próximas à administração presidencial.
O jornal, um dos mais respeitados da Rússia, disse que havia, entretanto, outros cenários para o que Putin pode fazer na conferência e que a decisão final cabe a ele. O Kremlin disse nesta terça-feira que nada sabia sobre a reportagem do Kommersant.
Putin, que recebeu a Presidência das mãos de Boris Yeltsin no último dia de 1999, é o líder russo que permaneceu por mais tempo no poder desde Josef Stalin, superando até mesmo o mandato de 18 anos de Leonid Brezhnev.
Ele completa 71 anos em 7 de outubro.
Embora muitos diplomatas, espiões e autoridades tenham dito que esperam que Putin permaneça no poder por toda a vida, ainda não houve nenhuma confirmação de seus planos de concorrer na disputa presidencial de 2024.
Eleição presidencial
Putin disse no mês passado que faria um anúncio sobre seus planos somente depois que o Parlamento convocasse a eleição presidencial, o que, por lei, deve ocorrer em dezembro.
Embora Putin possa não ter concorrência nos votos, o ex-espião da KGB enfrenta o mais sério conjunto de desafios de qualquer chefe do Kremlin desde que Mikhail Gorbachev lutou contra a União Soviética em ruínas há quase quatro décadas.
A guerra na Ucrânia desencadeou o maior confronto com o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba de 1962 e o maior choque externo para a economia russa em décadas. Putin ainda enfrentou um motim fracassado do então mercenário mais poderoso do país, Yevgeny Prigozhin, em junho.
