Putin busca remover últimas críticas aos Jogos Olímpicos de Sochi

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado domingo, 19 de janeiro de 2014 as 17:04, por: CdB
Ao lado dos filhos, Putin supervisiona as pistas de esqui em Sochi
Ao lado dos filhos, Putin supervisiona as pistas de esqui em Sochi

Presidente da Rússia, Vladimir Putin esforça-se para remover as últimas críticas aos Jogos Olímpicos deste ano e negou, neste domingo, a existência de “esquemas de corrupção” envolvendo as Olimpíadas de Inverno de Sochi e desafiou os que alegam o contrário a apresentar provas. Segundo críticos do Ocidente e da própria Rússia, grandes somas de dinheiro teriam sido roubadas durante as obras para os Jogos de Inverno de 2014, mas poucas evidências de fato foram apresentadas. Empresas subcontratadas para os Jogos dizem que a corrupção tem sido endêmica durante os preparativos para o evento que começa no dia 7 de fevereiro.

– Nós não vemos nenhum grande esquema de corrupção durante os nossos preparativos em Sochi. Se alguém tiver alguma informação sobre corrupção, por favor nos apresente. Ficaremos contentes e agradecidos. Há alguns anos burocratas locais tentaram comprar e vender terra onde se planejava construir sedes olímpicas. Houve investigações, essas pessoas foram julgadas e estão servindo as suas penas – disse Putin numa entrevista com as agências internacionais de notícias ABC, a BBC e jornalistas russos e chineses neste domingo.

A Rússia gastou mais de US$ 50 bilhões nos preparativos para os Jogos de Inverno, tornando esta a Olimpíada mais cara da história. O governo Putin espera mostrar ao mundo uma Rússia moderna, em meio às críticas que o país sofre em relação a direitos humanos. Uma lei aprovada no ano passado, que proíbe a promoção da homossexualidade entre menores, no entanto, foi condenada no Ocidente e por ativistas de direitos humanos, principalmente por equipes norte-americana de esportes olímpicos de inverno, nas quais há atletas gays. Em resposta, Putin disse neste domingo que ficaria feliz em se encontrar com a delegação norte-americana para os Jogos, que inclui atletas abertamente homossexuais.

– Eu ficaria feliz em ver representantes de qualquer país, incluindo dos Estados Unidos. Se eles quiserem um encontro, falar sobre qualquer coisa, pelo amor de Deus, eu não tenho nenhum problema – declarou.