Psicodelia e bateristas se destacam no Chivas Jazz Festival

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Publicado segunda-feira, 10 de maio de 2004 as 01:18, por: CdB

Após quatro dias e nove atrações, o palco do Chivas Jazz Festival fecha com um balanço curioso em se tratando de um festival de jazz tradicional: a psicodelia e os bateristas roubaram a cena e deixaram pouco espaço para instrumentistas mais tradicionais do gênero. Foi assim com Sun Ra Arkestra que fez um dos melhores shows do evento com sua psicodelia jazzísticae os bateristas Nasheet Waits, Louis Hayes, Jean Luc Danna e Bobby Previte.

Liderados por Marshall Allen, a Sun Ra Arkestra não decepcionou os seguidores do vanguardismo de seu fundador Herman Blount (nome verdadeiro de Sun Ra).

A banda deu tocou diversos estilos de jazz como blues e spirituals e deu um espetáculo visual com seus inquietos musicos. Sun Ra, morto em 1993, garantia ter nascido no planeta Saturno. Sua musical realmente é de outro mundo.

A pequena bateria utilizado no evento era pequeno mas teve muito serviço nos quatro dias de shows. Tudo começou com Nasheet Waits que massacrou o kit durante o show do pianista Andrew Hill. Na quinta feira foi a vez de Louis Hayes conduzir sua Cannonball Adderley Legacy Band com as baquetas.

Na sexta tinha o acordeom do francês Richard Galliano e sua French Touch Quartet. Mas novamente a bateria não teve sossego e Jean Luc Danna utilizando apenas vassourinhas (um tipo de baqueta feita de fibras de aço que produz um som mais suave) fez o instrumento urrar.

O golpe de misericórdia veio apenas no último show, brilhantemente conduzido pelo baterista norte americano Bobby Previte que fechou o festival no último sábado.