Promotores pedem prisão de Cafu às vésperas da estréia

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado segunda-feira, 12 de junho de 2006 as 13:32, por: CdB

A apenas algumas horas da estréia na Copa do Mundo, o capitão da seleção brasileira é alvo de mais um episódio de um escândalo que se arrasta no futebol italiano desde 2001. O lateral-direito titular de Carlos Alberto Parreira foi citado pela Promotoria de Roma junto com sua mulher, Regina Feliciano de Morales, o presidente do clube Roma, Franco Sensi, e o jogador argentino Gustavo Bartelt, por falsificação de documentos. A pena exigida pelos promotores é de nove meses de cadeia.

Cafu, atualmente no Milan, jogou pelo Roma de 1997 a 2003. O processo investiga a falsificação de documentos para a obtenção de passaporte italiano quando o brasileiro jogava na equipe romana. Para Sensi, a Procuradoria pede pena de 10 meses de reclusão. O caso remonta a 2004, quando Sensi, Cafu, Bartelt e outras sete pessoas foram levadas a julgamento após um recurso apresentado pela Promotoria a uma decisão da Justiça de 2003.

No caso do jogador argentino, Sensi foi absolvido por falta de provas na tentativa de conseguir um passaporte europeu para o Bartelt. Os problemas policiais do lateral Cafu na Itália surgiram no início de 2001, quando seu nome foi incluído numa relação de cerca de 50 jogadores investigados por suspeita de usar passaporte falso para não entrar na cota de estrangeiros que cada clube tem direito.

Em março daquele ano, o brasileiro e sua mulher, Regina, já haviam sido chamados a depor. Regina está envolvida porque foi ela que permitiu a Cafu retirar em 1994 o passaporte italiano, pois teria ascendência italiana. Desde então, ele teve de voltar a depor e acabou indiciado no final de de 2001, junto com sua mulher. Foram indiciados ainda Franco Sensi, que é presidente da Roma, clube no qual Cafu jogava antes de se transferir para o Milan, e o argentino Gustavo Bartelt, que foi companheiro do brasileiro na Roma. Todos os quatro também tiveram agora suas penas de prisão pedidas pela Promotoria italiana.

Depois do indiciamento, Cafu foi chamado em 2004 para depor já no inquérito aberto pela Justiça, que culminou agora com as penas pedidas pela Promotoria. O goleiro Dida, companheiro do lateral na seleção e no Milan, também foi envolvido no caso dos passaportes falsos. A acusação contra ele surgiu no final de 2000, um pouco antes da relacionada a Cafu.