Projeções para inflação continuam em queda, indica BC

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado segunda-feira, 25 de julho de 2005 as 10:35, por: CdB

As projeções de instituições financeiras para a inflação estão em queda há dez semanas, e se aproximam da meta oficial de 5,1% para este ano. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, consultores econômicos e instituições pesquisados na última sexta-feira apontam para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,55%. Menor que os 5,67% da semana passada.

É um indicativo de que a inflação está sob controle, considerando-se que há um mês os economistas estimavam o IPCA anual de 6,16%, e o próprio BC, embora mantendo a meta de 5,1%, já admitia que a inflação poderia chegar a 5,7%. O índice está em baixa constante e, se depender dos indicadores de venda na indústria (o comércio atacadista), deverá continuar em queda.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) que há um mês projetava 5,43% no ano, caiu para 4,45% na semana passada, e calcula hoje 4,04%. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) segue a mesma tendência e em igual período diminuiu de 5,40% para 4,42% e, agora, 4,11%.

Movimento com reflexo no comércio da capital paulista, onde a perspectiva do Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) baixou de 5,30% para 5,16% na semana. Esse levantamento já se reflete positivamente também na inflação projetada para 2006, reduzindo-a de 5% para 4,80%.

O boletim Focus reduziu de 0,40% para 0,30% a perspectiva de IPCA para este mês, e de 0,40% para 0,39% a expectativa de inflação para agosto. Em decorrência, baixou também, de 4,97% para 4,90%, a projeção de aumento de preços ao longo dos próximos 12 meses.

Os reajustes perdem ritmo, ainda, nos preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, educação, saúde, transporte urbano, água e outros). A projeção de reajustes acumulados no ano caiu de 7,60% há um mês para 7,10% na semana passada, e agora para 7%, com perspectiva menor também para 2006: de 5,60% para 5,50%.