Primeira blitz para fechar bingo no Rio tem resultado desastroso

A primeira blitz da Polícia Federal no Rio de Janeiro para fechar um bingo acabou em frustração. No endereço indicado (Avenida Presidente Vargas, 162), no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, havia uma placa de “Aluga-se” e, segundo os comerciantes vizinhos, o bingo já não funciona no local há quase um ano.

A delegada Priscilla Burllacenko, da Delegacia Federal de Nova Iguaçu, também na Baixada, informou que “há uma lista de bingos e estabelecimentos comerciais com máquinas caça-níqueis para ser checada”, mas ressaltou que o trabalho só vai continuar depois do carnaval.

A determinação para que a Polícia Federal do Rio de Janeiro iniciasse a fiscalização veio da direção da PF em Brasília, depois da nota divulgada pela Associação de Bingos do Estado, informando que a medida provisória assinada na noite de ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinando o fechamento dos bingos e o fim das máquinas caça-níqueis não seria cumprida.

Segundo a entidade, uma liminar do Supremo Tribunal Federal libera o funcionamento dos bingos até o julgamento da ação contra o decreto de exploração dos estabelecimentos pela Loterj (Loterias do Rio de Janeiro). O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, garantiu, no entanto, que a MP derruba todas as liminares que autorizam o funcionamento deste tipo de estabelecimento.

Em todo o Estado do Rio, existem 42 bingos, que empregam seis mil pessoas e repassam R$ 3 milhões por mês à Loterj.