Presos morrem em presídio durante conflito entre facções no Acre

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Publicado sexta-feira, 21 de outubro de 2016 as 12:01, por: CdB

Segundo o governo do Acre, o conflito entre facções criminosas e os homicídios dentro dos presídios são uma ação nacional e as 27 unidades da federação estão em alerta

Por Redação, com ABr – de Brasília:

O governo do Acre informou que as forças de segurança encerraram um conflito entre facções ocorrido em três pavilhões do presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco. A rebelião ocorreu por volta das 18 horas de quinta-feira e às 20h30 já estava controlada. Três detentos foram mortos e 20 ficaram feridos.

Três detentos foram mortos e 20 ficaram feridos
Três detentos foram mortos e 20 ficaram feridos

Segundo o governo do Acre. O conflito entre facções criminosas e os homicídios dentro dos presídios são uma ação nacional. As 27 unidades da federação estão em alerta. No último domingo, pelo menos 10 presos foram mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, Roraima.

O secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel de Castro, também atribui a rebelião a uma guerra. Entre as facções do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho.

Na segunda-feira, oito detentos morreram asfixiados durante rebelião ocorrida na Penitenciária Ênio dos Santos Pinheiro, em Porto Velho, em Rondônia, também ocasionada por confronto entre facções, segundo o governo.

Tiroteio

Na terça-feira, também no Acre, houve tiroteio na Unidade Penitenciária 04, em Rio Branco. Quando os detentos do regime semiaberto chegavam para dormir na unidade. Eles foram surpreendidos por homens armados que os abordaram na entrada da penitenciária. Os agentes penitenciários reagiram e, junto com a Polícia Militar, controlaram a situação.

Segundo o governo acriano, o policiamento ostensivo nas ruas foi intensificado com o objetivo de encontrar pessoas ligadas à facções vindas de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. A polícia prendeu ainda dois agentes penitenciários suspeitos de fornecerem armas a detentos.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, já declarou que reduzir a superlotação do sistema carcerário. Seria uma das formas de combater as causas das rebeliões em presídios. Ele disse que o governo está recolhendo informações para fazer uma avaliação do que está acontecendo dentro das cadeias de vários Estados.

O governo federal deve propor um mutirão para rever a situação de cerca de 100 mil presos provisórios em todo o país.