O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu, nesta quinta-feira, o representante da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – no Brasil, Jorge Werthein, com quem conversou sobre as mortes provocadas por armas de fogo no país. Werthein deixou o Senado informando que, nesta segunda-feira, lançará no gabinete da Presidência do Senado um livro editado pela Unesco com dados recentes sobre esse tipo de violência. >
– Com a publicação, vamos mostrar o impacto dos números que registram mortes por arma de fogo entre a população adulta e jovem de 15 a 24 anos. E vamos mostrar também uma comparação entre as mortes no Brasil, resultantes de homicídios praticados com armas de fogo, e as mortes em tantos outros países do mundo, em conflitos armados diversos. >
De acordo com Jorge Werthein, Renan lhe informou sobre os esforços que está realizando, junto ao presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti, para que o projeto para a realização de um referendo sobre a proibição da comercialização de armas e munições no Brasil seja votado na próxima semana. O representante da Unesco se disse convencido da “possibilidade concreta” da votação rápida desse projeto:>
– Eu prometi todo o apoio possível a esse projeto, como já venho dando, como representante da Unesco. E combinei com o presidente divulgar aqui o estudo mais recente por nós realizado, que nos havia sido solicitado por ele e pelo ministro da Justiça. São as informações mais contemporâneas sobre o problema das mortes por arma de fogo no Brasil. >
Ao combinar o lançamento desse estudo no Senado, o representante da Unesco disse que a publicação mostrará a grande necessidade que o Brasil tem de dizer não à livre comercialização das armas de fogo e dizer sim ao desarmamento.>
Werthein não quis revelar nenhum desses dados, aproveitando para convidar os jornalistas para o evento. Disse que são números não conhecidos até hoje e que registram índices de morte por violência entre 1979 e 2003:
– Vamos mostrar também o impacto desses números, quando se comparam as mortes por armas de fogo com as mortes causadas por doença no Brasil.>