A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou, nesta segunda-feira, uma nota oficial em que não autoriza a liberação do Campo de Santana, no Centro da cidade, para o Ministério da Saúde armar barracas de atendimento médico. O prefeito, César Maia, alega que os animais e as plantas, que vivem no campo, poderiam ser afetados pela utilização do local.
De acordo com a nota, o prefeito tomou conhecimento da demanda do ministério, na manhã desta segunda-feira, e que o uso da forma solicitada, representa um risco para o patrimônio da Cidade.
– O Campo de Santana é um patrimônio histórico-cultural da cidade do Rio de Janeiro, desenhado por Glaziou, grande mestre do paisagismo dos séculos XVIII e XIX. Além disso, conserva sua fauna própria – micos, gansos, marrecos, cotias e pavões, entre outros, e plantas específicas, que certamente correriam sério risco com esta utilização. – informou a nota
A Prefeitura sugere que outros espaços sejam usados pelo Ministério da Saúde, como o pátio interno do Comando Militar do Leste, a área em frente ao Monumento aos Pracinhas, a praça da Apoteose, no Sambódromo, o pátio interno do Hospital Souza Aguiar, dois dos quatro andares que se encontram fechados no Hospital dos Servidores do Estado, o pátio interno do Arquivo Nacional, que fica perto do Campo de Santana.
– Usar este último para o fim desejado pelo Ministério da Saúde representaria um crime contra a Cidade. – conclui a nota.