Preços em São Paulo sobem 0,21% segundo pesquisa da Fipe

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Publicado terça-feira, 12 de agosto de 2014 as 14:31, por: CdB
O mercado financeiro reduziu a projeção de inflação e elevou a estimativa de crescimento da produção industrial
O mercado financeiro reduziu a projeção de inflação e elevou a estimativa de crescimento da produção industrial

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, avançou 0,21% na primeira semana de agosto. Na última semana de julho, o índice havia ficado em 0,16%.

O resultado foi influenciado pelo grupo despesas pessoais, que registrou 0,95% nesta primeira prévia de agosto. Na apuração passada, essas despesas registraram inflação de 1,03%. A habitação teve índice de 0,73%, ante 0,45% da apuração do final de julho.

O item saúde apresentou inflação de 0,41% – no mês anterior havia alcançado 0,58%. O grupo educação registrou alta de 0,35%, ante 0,34% de julho. Na categoria transportes, a inflação ficou em 0,05%. Em julho, o índice variou 0,04%.

Os percentuais referentes à alimentação e vestuário registraram queda. A alimentação ficou em -0,67%, ante -0,58% de julho. Vestuário apresentou índice de -0,51%, ante -0,57% de julho.

Baixa renda

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para as famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários-mínimos, por sua vez, acumula alta de 4,01% em 2014, segundo dados divulgados hoje (12) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No mês de julho, o índice apresentou variação de -0,04%.

Alimentação foi o grupo com maior queda no mês (-0,59%), com destaque para a carne bovina (0,6%). Vestuário (-0,10%) e comunicação (-0,07%) também apresentaram queda. Em contrapartida, habitação (0,36%); saúde e cuidados pessoais (0,14%); educação, leitura e recreação (0,25%); e despesas diversas (0,14%) apresentaram alta.

Transportes também apresentou elevação (0,25%), com destaque para o item tarifa de ônibus urbano, cuja elevação foi 0,48%.

Indimplentes

Outra pesquisa, divulgada nesta terça-feira, mostra que o número de pessoas inadimplentes registrado no banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) cresceu 4,43% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2013. O percentual ficou ligeiramente acima do encontrado naquele ano, quando a inadimplência havia apresentado uma alta de 4,36%.

Na comparação com o mês anterior (junho), a inadimplência (pagamentos com mais de 90 dias de atraso) aumentou 0,42%, o que, segundo o estudo da CNDL, configura um “crescimento superior a todas as taxas mensais para os meses de julho desde 2010”. Na avaliação do SPC, o cenário evidencia um “cenário de fraca atividade econômica”.

Cresceu também o número de dívidas em atraso: 5,29%, na comparação julho de 2014 com julho de 2013. É o maior avanço anual registrado desde o início de 2013.

– Esse valor é maior porque há algumas pessoas com mais de uma dívida (no mesmo CPF) – explicou a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Segundo ela, os itens que mais estão puxando essas dívidas são as contas de água, luz, esgoto e gás, que registraram uma alta de 14,55%, na comparação com a inadimplência ocorrida em julho de 2013.

– Mas isso só está acontecendo porque, antes, essas empresas não negativavam tanto seus consumidores. Mais recentemente, elas começaram a fazer isso porque têm interesse em resolver de forma mais rápida o problema – disse.

De acordo com a CNDL, a maior parte dos compromissos em atraso está ligada a bancos. Os cartões de crédito de credenciadoras é citado por 46% das pessoas inadimplentes. Já o cartão de crédito de lojas foi citado por 39% das pessoas; e empréstimos obtidos em bancos ou financeiras, por 15%. Para 12%, a inadimplência se deve a atrasos no pagamento de cheques, notas promissórias ou carnês; e 10% citou o cheque especial.