Preços consolidam tendência de alta e IPC-S sobe 0,15%

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Publicado terça-feira, 8 de agosto de 2006 as 11:29, por: CdB

Os preços ao consumidor registraram ligeira alta de 0,15 ponto percentual na comparação com a taxa divulgada na semana passada. O resultado do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta o grupo alimentação como responsável pelo aumento. Os preços dos produtos alimentícios avançaram 0,71 ponto percentual, passando de 0,14% para 0,85%. O item frutas teve o maior peso no grupo, passando de 8,54% para 15,34%. A aceleração não foi geral, porque dez dos 21 itens do subgrupo Gêneros Alimentícios apresentaram taxas decrescentes. Além disso, o número de itens com taxas negativas aumentou de 13 para 15.

Embora com menor intensidade, os grupos educação, leitura e recreação e transportes também contribuíram para o avanço do IPC-S. Recreação teve o maior fator de aceleração do grupo registrado no item show musical (0,84% pata 4,63%. Em segundo lugar a alta foi no item álcool combustível (0,63% para 2,11%) do grupo transportes. As baixas de preços ocorreram no grupo vestuário. O recuo foi de 0,05% para -1,13%, com destaque para roupas femininas (-0,77% para -2,02%). Habitação e saúde e cuidados pessoais tiveram pequenas flutuações em suas taxas e não causaram impacto no resultado. O grupo despesas diversas registrou a mesma taxa da apuração anterior.

Construção civil

A inflação medida pelo Índice Nacional da Construção Civil caiu em julho, com base no desempenho de junho. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo também mostra que a taxa passou de 0,52% para 0,41% entre os dois meses. A mesma diferença – de 0,11 ponto porcentual – foi encontrada ao se comparar o resultado ao do mesmo período do ano passado. Em reais, o custo nacional por metro quadrado ficou em R$ 562,30.

Segundo o instituto, a taxa acumula variação de 3,53% no ano e de 5,07% nos últimos 12 meses. A mão-de-obra teve alta de 0,58% e manteve resultado próximo ao de junho (0,61%), em R$ 238,14. Os materiais tiveram forte desaceleração na passagem dos indicadores, de 0,46% para 0,28%, respondendo por R$ 324,16. No ano, a parcela dos materiais acumula taxa de 2,16% e nos últimos 12 meses, de 3,90%. Para a mão-de-obra, as variações acumuladas foram 5,45% no ano e 6,71% em 12 meses.

Diferenças regionais

Em nível regional, o Sul apresentou a maior alta (0,92%) no índice. A variação de 0,83% no Norte resultou da pressão exercida pela taxa do Amazonas, também pressionada por acordo. Os demais resultados por região ficaram abaixo do índice nacional (0,41%), com 0,32% no Nordeste, 0,27% no Centro-Oeste e 0,23% no Sudeste.