Preço dos combustíveis e alimentos cai e inflação desacelera

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Publicado sexta-feira, 22 de setembro de 2006 as 11:42, por: CdB

Combustíveis e alimentos com os preços em queda levaram o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) a desacelerar para 0,05% em setembro. Este resultado indica uma alta, no ano, de 1,92% e nos últimos 12 meses, de 3,69%. Em agosto, o índice havia registrado alta de 0,19%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-E (IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano) foi de 0,22%, considerando os meses de julho, agosto e setembro.

No ítem Transportes, o litro da gasolina que tinha subido 0,46% em agosto, ficou em -0,38% em agosto. O álcool caiu bem mais: -2,59% contra alta de 1,87% do mês anterior. As tarifas dos ônibus intermunicipais e interestaduais, que registraram aumento de 3,13% e 5,97%, em agosto, caíram para -0,15% e -0,34% em setembro, respectivamente. Dentre os alimentos, a cebola, batata-inglesa, feijão carioca, feijão preto, tomate e açúcar cristal ficaram mais baratos. Por outro lado, a carne-seca, o frango e as carnes se destacaram pela alta nos preços.

Em segmentos como remédios, eletrodomésticos, artigos de higiene pessoal e de limpeza também apresentaram queda. Segundo o IBGE, o índice só não foi menor em razão da alta de 1,97% nos salários dos empregados domésticos, que deteve a maior contribuição individual (0,06 ponto percentual) da taxa, graças ao reajuste do salário-mínimo ocorrido no ano. Além disso, a taxa de água e esgoto (1,19%), que absorveu parte do reajuste de 4,00% ocorrido no Rio de Janeiro (desde 1º de agosto) e parte do reajuste de 6,71% vigente em São Paulo, exerceu pressão no resultado de setembro.

Sobre os índices regionais, o maior resultado ficou com Recife (0,24%), enquanto o menor foi registrado em Belém (-0,28%). O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA, índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros. A diferença entre os indicadores é a data de coleta de preços.

O índice se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.