Presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Edmund Daukoru, afirmou nesta quinta-feira que o preço do barril de petróleo deverá ficar estável até o final do ano, devido a um cenário mais favorável para novos aumentos ou queda nas cotações do barril. Ele ressaltou que o problema do petróleo não está relacionado apenas à produção e aos problemas de desastres naturais e violências, como nos casos da Nigéria e Iraque, mas sim, por conta do aumento da capacidade de refino do combustível.
O executivo citou ainda que a demanda global pelo petróleo tem sido impulsionada pelo crescimento de economias como as da China e Índia. Em contrapartida, para regiões como Europa, Estados Unidos e Japão existe a previsão de desaceleração para o segundo semestre deste ano. Ontem, a Opep reduziu em 80 mil barris sua estimativa de consumo mundial de petróleo em 2006 devido a um inesperado declínio da demanda nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no segundo trimestre.
Para o presidente da Opep, os preços do petróleo não podem ser analisados isoladamente, pois estão atrelados a outras commodities, que registram altas no mercado internacional. Além disso, de acordo com Daukoru, há muita especulação de fundos, que possuem seus hedges atrelados ao petróleo.
– A Opep trabalha para estabilizar o preço do petróleo, evitando grandes aumentos ou quedas – disse Daukoru a jornalistas.
Também ministro do Petróleo da Nigéria, Daukoru visitou, na manhã desta quinta-feira, a sede do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em Piracicaba (interior de SP), um dos maiores pólos de pesquisa e desenvolvimento de álcool e açúcar do mundo. Também vai conhecer a produção do combustível brasileiro, na usina Costa Pinto, do grupo Cosan.