Popularidade de Lula aumentou, segundo pesquisa da CNT

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Publicado terça-feira, 12 de julho de 2005 as 12:36, por: CdB

A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT/Sensus), divulgada nesta terça-feira, mostra um aumento de 57,4% em maio, para 59,9% em junho, na aprovação pessoal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A desaprovação caiu de 32,7% para 30,2%. Foram entrevistados 2 mil pessoas, em 195 municípios, no período de 5 a 7 de julho.

O resultado da pesquisa mostra que a crise política não afetou a credibilidade nem a popularidade do presidente Lula. A avaliação positiva do governo subiu de 39,8% em maio para 40,3% em julho. A avaliação regular caiu de 38,6% para 37,1% e a negativa subiu de 18,8% para 20%. Todas oscilações estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A maioria dos entrevistados desvincula o escândalo de corrupção à figura do presidente Lula e associa as recentes denúncias e investigações sobre corrupção no governo federal à imagem dos parlamentares e do Partido dos Trabalhadores. Para 35,4%, o escândalo está ligado à Câmara, para 31,2%, ao PT, e apenas 12% ligam a corrupção ao Lula. Para 45,7%, Lula não tinha conhecimento prévio das denúncias sobre o suposto pagamento de mensalão na Câmara e de corrupção nas estatais. Para 33,6%, ele tinha conhecimento. O restante não respondeu ou não soube opinar.

Entre os entrevistados, 76% afirmaram que ouviram falar ou têm conhecimento das denúncias sobre o suposto pagamento de mesadas a parlamentares, o chamado “mensalão”, contra 20,7% que dizem não conhecer o tema. Dos que têm acompanhado as denúncias, 67,1% consideram as declarações de Roberto Jefferson verdadeiras e 18,1% dizem que não são.


Dos entrevistados, 45,7% afirmam que Lula não tinha conhecimento do suposto “mensalão”, e 33,6% acham que o presidente sabia. Os entrevistados também avaliam positivamente a atitude que o presidente tomou diante das denúncias. Ele tem agido adequadamente para 47,8% e não tem agido da forma correta para 31,9%. A pesquisa mostra ainda que, para 64,7%, o pagamento de mesada a parlamentares para votar com a orientação do governo é uma prática antiga e utilizada em outros governos. Outros 18% acreditam que é uma prática nova criada no governo do PT.