População australiana acha que país está na mira do terrorismo

Um total de 65% dos australianos acredita que a participação do exército da Austrália na guerra do Iraque transformou o país em um alvo terrorista. A revelação é de uma pesquisa publicada pela empresa Newspoll.

Os ataques de Madri, ocorridos no último dia 11 de março, reduziram o número de cidadãos que acreditam que a Austrália continua sendo um lugar seguro apesar da guerra, já que agora apenas 30% dos entrevistados têm essa opinião.

A pesquisa mostra também que o Partido Trabalhista, na oposição, está ganhando adeptos, e conta com o apoio de 46% dos votantes. A coalizão governante dos partidos Liberal e Nacional tem 41% do apoio eleitoral.

Se as eleições federais, que ainda não foram convocadas, mas devem ser realizadas antes de novembro deste ano, tivessem ocorrido no último fim de semana, o candidato trabalhista, Mark Latham, teria se proclamado vencedor, com 66% dos votos.

A Austrália tem aproximadamente 850 soldados no Iraque. Este país sofreu as dores do terrorismo em 2002, quando 88 de seus cidadãos morreram nos ataques contra duas discotecas na ilha indonésia de Bali. Esse atentado, no qual morreram 202 pessoas, em sua maioria turistas, foi atribuído à organização Jemaah Islamiya, considerada o braço regional da rede terrorista Al-Qaeda.