Polícia Ambiental realiza ação para combater pesca predatória

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quinta-feira, 9 de julho de 2015 as 14:11, por: CdB
Os criminosos foram encaminhados a 76 ª DP (Niteroi)
Os criminosos foram encaminhados a 76 ª DP (Niteroi)

 

A Secretaria do Ambiente (SEA) do Estado do Rio, através da Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais), em operação conjunta com a Polícia Ambiental, realizou mais uma ação na madrugada desta quinta-feira para combater à pesca predatória e o comércio ilegal de sardinha, por conta do período de defeso.

O defeso da sardinha (sardinella brasiliensis) na Região sudeste é dividido em dois períodos. No inverno, ele começa no dia 15 de junho e vai até 31 de julho. O objetivo é permitir a reprodução da espécie. Já durante no verão, vai de 1º de novembro a 15 de fevereiro e é feito para possibilitar o crescimento do pescado até o tamanho ideal para captura.

Juscelino da Silva (56 anos), Jorge Ribeiro (62) e Oswaldo Carlos da Silva Menezes (63) foram detidos em flagrante comercializando 150 quilos de sardinha, que foram apreendidas. Todo o pescado está sendo doado para a faculdade de veterinária Estácio de Sá, em Vargem Pequena.

A faculdade é o único centro de reabilitacão do Estado apto a receber pinguins resgatados nas praias do Rio de Janeiro, recebendo cerca de 1600 animais por ano.  Os pinguins saem da Patagônia Argentina ainda muito jovens e vem para no Brasil geralmente nesta época do ano (de julho a setembro).

Segundo o coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, os pinguins aparecem nas praias do Rio de Janeiro bastante debilitados, passam fome pelo caminho, chegam muito magros, hipotérmicos e desidratados. Durante o processo de recuperação, eles comem muito, cerca de 1 quilo por dia e é fundamental que o peixe utilizado na alimentação seja muito rico em gordura, como é o caso da sardinha.

O Centro de reabilitação da faculdade Estácio de Sá trabalha com animais de vida livre, sempre com o objetivo de recuperar os animais para devolver ao seu ambiente selvagem natural e é um centro que não tem fins lucrativos.

Os criminosos foram encaminhados a 76 ª DP (Niteroi) e estão sendo autuados em flagrante e a pena de detenção pode variar de 1 a 3 anos, além da multa de 700 reais reais, com acréscimo de 10 reais por quilo de pescado apreendido.