Polícia ainda tenta conter violência em Sydney

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Publicado terça-feira, 13 de dezembro de 2005 as 11:38, por: CdB

Mais de 450 policiais patrulham as ruas de Sydney nesta terça-feira para evitar a expansão da violência racial provocada por gangues de jovens, que atacaram pessoas, destruíram carros e jogaram pedras contra a polícia. Na madrugada desta terça-feira, jovens brancos atacaram lojas com bastões de beisebol e destruíram 30 veículos na cidade. Algumas prisões foram feitas. A violência racial começou em Cronulla Beach, em Sydney, no fim de semana, quando 5.000 pessoas atacaram jovens de origem no Oriente Médio. Multidões de jovens embriagados, alguns enrolados em bandeiras australianas, disseram que estavam defendendo sua praia e depois que salva-vidas foram atacados por agressores, de acordo com eles, de origem libanesa. Segundo a polícia, grupos de supremacia branca incitaram a violência em Cronulla Beach.

Os jovens libaneses de Sydney revidaram na noite de domingo, quebrando carros, atacando as pessoas e combatendo a polícia em vários bairros. Na noite de segunda-feira, centenas de muçulmanos envolveram-se em um confronto com a polícia na frente de uma mesquita de Sydney. Autoridades disseram que a Assembléia estadual de Nova Gales do Sul foi convocada para uma sessão de emergência na próxima quinta-feira, a fim de dar à polícia poderes especiais para “fechar” partes de Sydney, maior cidade da Austrália, e assim conter os tumultos. A polícia também poderá proibir o consumo de álcool nas áreas de conflito.

O arcebispo de Sydney, George Pell, disse que tiros foram disparados contra uma escola que apresentava um coral natalino.

–  Esses criminosos declararam guerra contra nossa sociedade e não vamos permitir que eles vençam. Vocês não vão assumir o controle de nossas ruas – acrescentou, ao anunciar os poderes especiais da polícia –  disse o premier de Nova Gales do Sul, Morris Iemma.

O governo estadual também vai aumentar o tempo de prisão para quem for pego envolvido nos tumultos, de cinco para 15 anos, e dobrar a pena para desordem e brigas em público para 10 anos.