PMDB sinaliza saída do governo

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Publicado quarta-feira, 8 de dezembro de 2004 as 16:19, por: CdB

O PMDB deu o tom de poder nesta quarta-feira. Partido com dois ministérios, da Base aliada do governo do PT e com maior número de prefeitos eleitos no interior do país, a legenda mostrou-se dividida. A Executiva Nacional adiou a convenção do partido para 3 de março, mas deu prazo de 48 horas para que os ministros entreguem seus cargos. Caso isso aconteça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perde a maioria no Congresso.

A Executiva decidiu adiar para 3 de março a convenção que estava marcada para 12 de dezembro. A votação ficou em nove votos a oito, com desempate do presidente do PMDB, Michel Temer. Se os ministros não entregarem os cargos em 48 horas (até 13h de sexta-feira que vem), fica mantida a convenção, convocada por 11 diretórios, para o próximo domingo.

Os ministros Eunicio Oliveira, das Comunicações, e Amir Lando, da Previdência são favoráveis à permanência do PMDB na base de sustentação do governo, comandada pelos senadores José Sarney e Renan Calheiros (AL).

A Executiva do partido é formada por 16 membros e o presidente só tem direito a voto em caso de empate, como acabou acontecendo. Além dos membros da Executiva, participou da reunião o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que defende o rompimento com o governo. O único membro da Executiva ausente foi o deputado Jader Barbalho (PA), substituído por Dorani Sampaio, de Pernambuco.