PM do Rio faz apelo para que tropa reflita sobre ameaça de greve

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Publicado quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017 as 14:05, por: CdB

O governador Luiz Fernando Pezão convocou uma reunião de emergência com os comandantes das unidades militares para tratar da questão

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:

A Polícia Militar do Rio de Janeiro distribuiu um comunicado em que faz um apelo para que a tropa reflita sobre as consequências de uma possível paralisação. O governador Luiz Fernando Pezão convocou uma reunião de emergência com os comandantes das unidades militares para tratar da questão, no Palácio da Guanabara, na manhã desta quarta-feira.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro distribuiu um comunicado em que faz um apelo para que a tropa reflita sobre as consequências de uma possível paralisação
A Polícia Militar do Rio de Janeiro distribuiu um comunicado em que faz um apelo para que a tropa reflita sobre as consequências de uma possível paralisação

Em nota, a PM diz que a violência é um grave problema da sociedade. “A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro é a instituição que garante a ‘civilidade’, o ir e vir, o trânsito de pessoas. Só nós conhecemos a realidade nua e crua do dia a dia de policiamento”.

Na nota, a PM diz ainda que são falsas as informações divulgadas por meio de redes sociais e que convocam a categoria para uma paralisação na sexta-feira, a partir das 6h.

No documento, a corporação apela para que a tropa reflita sobre medidas que possam causar danos irreparáveis à sociedade e procurem outra forma de reivindicar seus direitos. A PM cita ainda o prejuízo que uma paralisação traria à população.

Protesto

– No entanto, é preciso pensar que o impacto da nossa ausência poderá recair sobre nossos ombros, sobre nossas famílias. A nossa falta causaria males incalculáveis e irreparáveis. Temos a certeza que passamos por um momento muito delicado, mas é preciso avaliar as consequências dos nossos atos. Protestos são legítimos, mas precisamos buscar a melhor forma de reivindicar nossos direitos. Paralisar um serviço essencial afeta toda a população, incluindo nossas famílias. A quem interessa a barbárie? #ValorizeQuemteProtege #ServireProteger – diz a nota.

O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e de Bombeiros do Rio de Janeiro (Aspra). Vanderlei Ribeiro. Disse que o governo tem de “conter essa euforia da tropa”. Com relação à possível adesão ao movimento iniciado na última semana no Espírito Santo.

Desde a última sexta-feira, parentes de policiais militares do Espírito Santo. Principalmente mulheres, impedem a saída de viaturas e de equipes de plantão dos batalhões nas cidades capixabas. “Ninguém pode afirmar se vai acontecer ou não uma paralisação. (O governo) tem que arranjar uma solução. Tem que ter vontade política para resolver o problema”, disse Ribeiro.

Os policiais militares do Rio estão sem receber o 13º salário e o Regime Adicional de Serviço (RAS) referente aos Jogos Olímpicos de 2016. Eles reivindicam ainda o pagamento de horas extras e adicional noturno.

Vanderlei Ribeiro pede que o governador Luiz Fernando Pezão arranje uma saída de emergência com o governo federal para quitar o 13º salário de 2016 e outros benefícios ainda não pagos.

– A PM é a única categoria que coloca sua vida em risco. Não podemos deixar acontecer para depois pedir a intervenção do Exército – destacou.

Ribeiro disse que foi chamado pelo comandante-geral da corporação, coronel Wolney Dias Ferreira, para uma reunião nesta tarde, no quartel-general da PM.