Planalto já tem a lista de parlamentares escalados à CPMI do 8/1

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Publicado quinta-feira, 27 de abril de 2023 as 15:47, por: CdB

Na reserva técnica, com nomes mais tarimbados nos trâmites legais do Congresso, figuram os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Fabiano Contarato (PT-ES) e Humberto Costa (PT-PE).

Por Redação – de Brasília

O núcleo político do Palácio do Planalto, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, nesta quinta-feira, está com a lista de integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1, ou dos ‘atos golpistas como também é conhecida, praticamente fechada. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apenas tenha tomado conhecimento dos nomes, nesta manhã, sem algum comentário mais relevante, os deputados e senadores escalados são conhecidos como ‘bons de palanque’.

Renan Calheiros
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é um dos nomes apontados para a relatoria da CPMI do 8/1

Se no lado bolsonarista já estão escolhidos representantes da ultradireita radical, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e do ex-vice-presidente e hoje senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), a tropa de choque do governo contará com os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e André Janones (Avante-MG), embora o Avante somente tenha direito a uma vaga reservada a um rodízio com outras cinco legendas. Do PT também estão cotados Rubens Pereira Junior (MA) e Rogério Correia (MG), sendo que um deles deverá permanecer na suplência.

Na reserva técnica, com nomes mais tarimbados nos trâmites legais do Congresso, figuram os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Fabiano Contarato (PT-ES) e Humberto Costa (PT-PE).

Tática

A definição do time que entrará em campo na CPMI, no entanto, terá o foco aplicado à redução dos espaços da oposição, no sentido de inviabilizar que os ânimos mais exaltados se estendam por discussões intermináveis que, no final do dia, terão rendido um espaço maior da ultradireita, nas redes sociais. Os governistas têm sido alertados pelo núcleo político do Planalto para a importância da discussão sobre os acampamentos golpistas em frente aos quartéis, que se iniciaram em novembro de 2022 e são considerados epicentro do golpe frustrado em 8 de Janeiro, após a invasão e quebradeira dos Três Poderes.

Muito material comprobatório tem sido levantado pelos gabinetes dos parlamentares que, efetivamente, tomarão parte dos assentos, na CPMI, com o objetivo de reforçar o fato de os ataques terem sido planejados ao longo de semanas e que a proteção de setores do governo Bolsonaro, até o dia da tentativa frustrada de um golpe de Estado, no país. A matéria, embora delicada quanto à participação do alto comando das Forças Armadas na trama golpista, deverá ser tratada de forma a não recrudescer a crise em curso entre o governo Lula e os quartéis.

Integram a equipe de articulação do governo para a escalação da CPMI os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil), Flavio Dino (Justiça), José Múcio Monteiro (Defesa), Jorge Messias (AGU) e Vinicius Carvalho (CGU).

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