O Produtor Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2006, em comparação com o último trimestre do ano passado, segundo o Boletim de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Em relação ao primeiro trimestre de 2005, a alta foi de 3,4%. O resultado positivo foi influenciado pelo crescimento da indústria (1,7%), da agropecuária (1,1%) e dos serviços (0,8%).
Alguns economistas previam crescimento na média de 1,5 % sobre o quarto trimestre do ano passado e de 3,4 % em relação ao primeiro trimestre de 2005.
A formação bruta de capital fixo, uma medida dos investimentos, aumentou 3,7 %. O consumo das famílias teve alta de 0,5 % e o consumo do governo, de 1,0 %. As exportações de bens e serviços cresceram pelo 12º trimestre seguido, em 3,9 %. As importações saltaram 11,6 %, a maior taxa desde o final do ano de 1996.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2005, a indústria cresceu 5 %, o setor de serviços 2,8 %, enquanto a agropecuária teve redução de 0,5 %.
Segundo o comunicado do IBGE, “a taxa da agropecuária pode ser explicada pelo declínio de alguns produtos na safra de 2006… É o caso, por exemplo, do algodão, do arroz, e do amendoim, cujas safras são relevantes no primeiro trimestre”. “Outro fator importante dentro da pecuária foi o desempenho dos bovinos, que ainda se recupera da ocorrência da febre aftosa.”
O consumo das famílias teve expansão de 4,0 %, no 10º trimestre seguido de alta, enquanto o consumo do governo subiu 1,6 %.
A formação bruta de capital fixo saltou 9,0 %, estimulada “pelo aumento da construção civil e pela produção e importação de máquinas e equipamentos”, segundo os dados do IBGE.