Vinte e dois parlamentares do PT divulgaram documento nesta quinta-feira para reiterar a posição contrária o valor de 260 reais para o novo salário mínimo.
“Não estamos fazendo enfrentamento com o governo, queremos mostrar que nos sentimos excluídos das decisões. Nós queremos ser convencidos, ainda não fomos”, disse a deputada Maninha (PT-DF), uma das signatárias do documento que foi entregue ao presidente do PT, José Genoino e ao líder do partido na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O grupo pretende entregá-lo ainda ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Genoino participou da reunião com os 21 deputados e a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) e defendeu que não é possível dar um aumento maior para o mínimo.
“Nós entendemos a posição dos parlamentares. Faz parte do jogo democrático. Vamos fazer um processo de convencimento que demanda longos diálogos”, afirmou Genoino, quase um mês após a divulgação do novo valor.
O deputado Ivan Valente (PT-SP) criticou o que chamou de ortodoxia econômica “responsável por engessar a sensibilidade do governo”, que impede um reajuste maior. Os parlamentares preferiram não estipular um valor, mas defendem algo próximo dos 300 reais.
Apesar das divergências e críticas dentro da base aliada sobre o salário mínimo, que passou de 240 para 260 reais, os deputados mais à esquerda classificaram de “incompetente” a articulação, se o governo perder a votação na Câmara.
O PFL fechou questão nesta quinta-feira nas duas Casas do Congresso sobre o valor de 275 reais.