Mais de 30 pessoas foram resgatadas inconscientes próximo ao pico do vulcão Monte Ontake, que entrou em erupção no sábado no Japão. Seguindo o protocolo, as autoridades evitaram confirmar que as vítimas estejam mortas até que seja concluída a perícia oficial, mas adiantaram que os montanhistas apresentavam um quadro de parada respiratória e ausência de batimentos cardíacos.
Imagens divulgadas pelas Forças de Autodefesa do país neste domingo mostraram os soldados transportando os alpinistas de helicóptero, sobre a montanha coberta de cinzas. Segundo a agência Reuters, mais de 500 militares e policiais foram usados nas buscas.
O vulcão de 3.067 metros de altitude, localizado a 200 km de Tóquio, continuava em atividade no domingo.
A erupção deixou mais de 40 pessoas feridas, muitas com os ossos quebrados. Cerca de 250 montanhistas ficaram presos nas encostas do monte, mas a maioria conseguiu descer no sábado, informaram as autoridades.
Cerca de 50 tiveram de passar a noite na montanha. Neste domingo, helicópteros resgataram sete pessoas com vida.
A erupção do Monte Ontake, um popular destino de montanhismo no Japão, expeliu cinzas e rochas e pegou as autoridades de surpresa – apesar de o país monitorar de perto a atividade vulcânica no seu território.
O material expelido se espalhou por um raio de 3 km e tornou o ar difícil de respirar, segundo moradores da região.
A última vez que o Monte Ontake entrou em erupção foi em 2007. Desde então, autoridades japonesas têm recomendado aos montanhistas que evitem a área.
Erupções vulcânicas são comuns no Japão, mas a última vez que foram registradas mortes foi em 1991, quando 43 pessoas morreram em consequência da erupção do Monte Unzen, no sudoeste do país.