Reação à crise. Esta foi a principal conclusão de uma pesquisa realizada pela Assessoria de Infra-Estrutura e Novos Investimentos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que revelou que a taxa média da ocupação hoteleira na cidade do Rio de Janeiro – no mês de outubro – registrou tendência de recuperação em relação ao mês de setembro, quando ocorreram os atentados terroristas em Nova Iorque, prejudicando o movimento turístico em todo o mundo.
Segundo o estudo, a indústria hoteleira carioca registrou índice de ocupação de 68,44% em outubro, enquanto que em setembro esta taxa foi de 61,85%. De acordo com o Fórum Empresarial de Turismo da Federação, a expectativa é a de que a reorganização do cenário internacional e a realização de campanhas nacionais de incentivo ao turismo possam resultar na melhora desta taxa nos próximos meses.
A pesquisa da FIRJAN revelou, ainda, que comparando o período de janeiro a outubro de 2001 com o mesmo período do ano passado, no entanto, o índice de ocupação nos hotéis foi 3,4% menor (66,46% em 2001 contra 69,93% em 2000). Esta diferença é ainda maior quando comparados apenas os meses de outubro deste ano e do ano passado: 73,41% em 2000 contra 68,44% em 2001. De acordo com a pesquisa, os hotéis de categoria entre duas e quatro estrelas registraram ocupação acima da média, enquanto os de categoria cinco estrelas mantiveram o comportamento do mês de setembro e apresentaram ocupação bem abaixo da média.
Os hotéis da orla recuperaram o nível de ocupação registrado em agosto, revertendo a queda de setembro e mantendo a taxa em torno de 70%. Mas o mesmo não ocorreu com os hotéis da Barra da Tijuca e do Recreio, cuja ocupação em outubro continuou bem abaixo da média (47,72%).
Em relação à origem dos hóspedes, os visitantes brasileiros representaram 66,81%, enquanto os de procedência internacional foram 33,19% . Entre os estrangeiros, a maioria era proveniente da Europa, representando 48,78% do total de hóspedes estrangeiros.