O filme “Pelé eterno”, que estreará no dia 25 de junho, arrancou lágrimas do rei do futebol.
“Chorei ao ver algumas imagens. É um filme que toca muito, que me deixou muito emocionado”, disse Pelé na entrevista coletiva em São Paulo na qual o filme foi apresentado.
“Pelé eterno”, produzido e dirigido por Aníbal Massaini, será distribuído mundialmente pela United Internactional Pictures, uma empresa dos estúdios Universal, e sua estréia no resto da América Latina será no começo do segundo semestre, enquanto que na Europa chegará aos cinemas em dezembro.
Segundo Pelé, o filme sobre sua vida será “um divisor de águas” porque permitirá que o povo brasileiro, “que tem memória curta”, lembre tudo o que ele fez pela imagem do país dentro e fora dos estádios.
“O povo brasileiro deve ficar orgulhoso do que Pelé fez para promover e defender o país”, disse o ex-jogador, acrescentando que em mais de 40 anos como personalidade pública jamais deixou mal o nome do país no exterior.
“Pelé eterno” conta a trajetória do rei desde sua infância pobre na cidade de Baurú, estado de São Paulo, onde começou sua carreira esportiva, até hoje, e inclui imagens históricas de seus gols e jogadas, algumas desconhecidas até pelo próprio autor e cedidas por colecionadores de todo o mundo.
Alguns gols antológicos que não foram registrados pelas câmaras também poderão ser vistos no filme, que recorreu à tecnologia “motion capture” para gravar jogadas históricas que ficaram na memória do público.
Entre elas está o gol que Pelé considera o mais bonito de sua carreira, marcado contra o Juventus em 1959 e o que marcou no Fluminense no Maracanã em 1961, que mereceu uma placa comemorativa no estádio.
“Deus me deu o dom de jogar futebol, e o resto consegui porque me cuidei e me preparei”, disse Pelé.
O filme também inclui testemunhos de cerca de trinta pessoas, entre ex-jogadores, técnicos, jornalistas, familiares e amigos sobre a vida e a carreira de Pelé.
Um desses é César Luis Menotti, técnico da seleção argentina campeã mundial em 1978, que não poupou elogios a Pelé, segundo o diretor do filme.
“Melhor que Pelé? Não sei… Jesus, talvez Deus”, disse Menotti, segundo Massaini.
Em 21 anos de carreira, o “Atleta do Século” disputou 1.375 partidas nas quais marcou 1.281 gols e ganhou dezenas de títulos com a camisa do Santos e da seleção brasileira.
Pelé contou também em tom de piada que em sua época de jogador pedia a Deus que nenhuma partida terminasse 0-0 para não deixar insatisfeito o público que ia aos estádios para ver gols.
“Pedia a Deus que se uma partido terminasse empatada, que fosse 3-3 ou 4-4, para que todo mundo saísse contente”, disse.