O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou agora, durante entrevista coletiva, que o partido vai entrar com uma representação na Justiça Eleitoral em Campos (RJ) solicitando a apuração rigorosa sobre a origem dos R$ 318 mil apreendidos na sede do diretório municipal do PMDB.
O dinheiro foi encontrado durante operação realizada na noite de sexta-feira (29) e na madrugada de sábado (30). Na operação, também foi apreendido material do PDT, como carimbos e fichas de filiação.
Carlos Lupi quer que o PMDB comprove as informações dadas por Anthony Garotinho, presidente regional, de que o dinheiro pertencia ao partido. “Mais grave do que os R$ 318 mil apreendidos e a necessidade da comprovação da origem desse dinheiro é também o fato de terem sido encontrados na sede do PMDB o material do PDT. Isso dá margem a qualquer tipo de suspeita e abre qualquer possibilidade, inclusive a de que possa ter havido a intenção de se forjar provas, para incriminar o nosso partido”, afirmou.
Lupi questionou ainda a origem do dinheiro. Segundo ele, é “impossível” que esse volume de recursos tenha sido retirado de bancos sem aviso prévio. Carlos Lupi estranhou ainda que os maços de notas apreendidos na sede do PMDB estavam envoltos em lacres do Banco Sudeste. “Os partidos políticos só podem por lei ter contas em bancos públicos. É portanto, para mim, tudo muito estranho e é preciso que se apure os fatos com rigor, independente do resultado das eleições”.
A Justiça concedeu hoje liminar em que libera os R$ 318 mil apreendidos na sede do PMDB. A decisão foi tomada pelo juiz Antonio Jaime Boente que acolheu o pedido de liminar impetrado pelo PMDB.