Líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) planejam uma nova onda de ataques, em represália ao endurecimento das regras de confinamento contra membros da facção criminosa da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (P2), no interior de São Paulo, informaram funcionários da unidade prisional. As fontes preferiram manter suas identidades em sigilo.
Nove funcionários do presídio afirmam que os líderes do PCC prometem iniciar as ações de vingança já na cidade de Presidente Venceslau, localizada a cerca de 600 km de São Paulo. Os alvos principais seriam guardas da penitenciária e seus parentes.
– Hoje, a P2 só não é tomada pelos presos porque existe essa pressão feita pelo nosso pessoal armado. O dia em que eles forem embora, os presos vão arrancar as cabeças de todos os funcionários. Estamos à beira de uma nova matança – declarou um dos entrevistados.
Hoje, além dos 20 agentes penitenciários, a P2 de Presidente Venceslau mantêm agentes especiais fortemente armados para monitorar os detentos do PCC armados com escopetas e pistolas automáticas. As visitas só entram na unidade sob a mira dessas armas e têm de ficar, durante as duas horas autorizadas (nos sábados ou domingos), trancadas com os presos nas celas.
Em solidariedade aos detentos do PCC em Presidente Venceslau, presos de outras unidades prisionais no Estado de São Paulo estão se negando a participar das atividades nos presídios e a comparecer a audiências da Justiça.